domingo, 10 de outubro de 1999


PURGATÓRIO
 
Purgatório é um estado médio entre o céu  e o inferno, onde as almas expiarão suas culpas leves e as conseqüências dos pecados mortais já perdoados nesta vida. Os hereges negam a sua existência.
 
APOC. XXI, 27: ― “Nela (na Jerusalém celeste) não entrará coisa alguma contaminada ou quem cometa abominação e mentira, mas somente aqueles que estão escritos no livro da vida do Cordeiro”.
 
Ora, por mais puro que seja o homem neste mundo, sempre ele terá máculas contraídas em sua natureza viciada, já que “o justo cai sete vezes”. Condená-lo ao inferno por ter pequenas fraquezas não o quer a bondade de Deus. Dar-lhe logo o céu, obsta-o a infinita pureza do Senhor.
 
Logo, é necessária uma expiação ou  purgação na outra vida, num estado denominado Purgatório.
 
MAT. V, 25-26: ― “Acomoda-te sem demora com teu adversário, enquanto estás em caminho (enquanto vives) com ele, para que não suceda que este adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao ministro, e sejas posto na prisão. Pois na verdade te digo: Não sairás dali até que pagues o último ceitil”.
 
NOTE-SE que aqui não se trata do inferno, donde não se pode cair; nem do céu, lugar de gozo, e não de expiação; mas do purgatório, único lugar onde se deve expiar “até pagar o último ceitil” das faltas leves cometidas nesta vida terrena.
 
MAT. XII, 32: ― Todo o que falar palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado. Mas o que disser contra o Espírito Santo, não lhe  será perdoado neste século nem no futuro”.
 
NOTA: ― Por esta expressão: “não lhe será perdoada nem neste século nem no futuro”, vemos que há pecados perdoáveis também no século futuro, isto é, no outro mundo. Este lugar, no outro mundo, chama-se purgatório.
 
Iª COR. 11-16: ― “Quanto ao fundamento, ninguém pode por outro fundamento senão o que foi posto: Cristo Jesus. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com  madeira, com feno, ou com palha, manifestar-se-á a obra de cada um. O dia  (do juízo) demonstrálo-a. Será revelado “pelo fogo” e o “fogo provará” o que vale o trabalho de cada um. Se a obra construída subsistir, o construtor receberá a recompensa. Se a obra de alguém se extinguir, sofrerá a perda. Ele mesmo, porém, “será salvo, mas passando de qualquer maneira através do fogo”.
 
O Apóstolo afirma, pois, que alguns, ainda que construindo sua vida sobre Cristo, entretanto a constroem com obras imperfeitas (palha, feno). Serão salvos, mas deverão passar pelo fogo. É o que ensina a Igreja Católica: muitos se salvam, mas devido às suas imperfeições deverão “passar pelo fogo” antes de entrarem no céu.

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