sábado, 30 de janeiro de 2016

Bem-aventuranças



Sermão da montanha:
Bem-aventuranças

Evangelho de São Lucas
Capítulo 5,1-12


"Vendo Jesus aquela multidão, subiu a um monte, e, tendo-se sentado, aproximaram-se dele os seus discípulos. E ele, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: 
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 
Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. 
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados Filhos de Deus. 
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus. 
Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus, pois (também) assim perseguiram os profetas, que existiram antes de vós."

Bíblia Sagrada - Pe. Matos Soares





AVISO


Salve Maria!

Prezados,
Na próxima semana teremos Santa Missa. Logo postaremos a programação.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Em defesa de Dom Williamson (I), por D. Tomás de Aquino

Dom Williamson escreveu no seu Comentário Eleison 438: “Se a evidência dos milagres ocorridos dentro da Igreja do Novus Ordo é tão séria quanto parece, então os católicos têm de conformar suas mentes à mente de Deus, e não o inverso."

Muitos atacaram Dom Williamson por causa destes comentários a respeito do possível milagre eucarístico ocorrido em Buenos Aires. Entre os argumentos utilizados retenho os seguintes:
1- Fora da Igreja não pode haver milagres. A Igreja conciliar não é a Igreja católica. Logo não houve milagre em Buenos Aires.
2-Ninguém age sem um fim. Um milagre na Missa Nova não poderia ter outro fim senão induzir os fiéis a assistirem a Missa Nova. Logo não houve milagre em Buenos Aires.
3-O milagre é a assinatura de Deus. Deus não pode assinar uma heresia. A Missa Nova favorece a heresia. Logo não houve milagre em Buenos Aires.
Vejamos cada um desses argumentos.
1- O primeiro simplifica em demasia a questão e simplificando-a ele confunde duas questões. Uma é a de saber se pode ou não haver milagres fora da Igreja. A outra é a de se saber se a Igreja conciliar é totalmente alheia à Igreja católica ou não.
À primeira questão deve-se responder com santo Tomás que sim. Pode haver milagres "fora da Igreja" dentro de certas condições. Veja-se os artigos do Prof. Carlos Nougué a esse respeito. O que Deus não faz é confirmar o erro ou o vício com um milagre, mas ele pode confirmar a verdade ou a virtude com um milagre, e isto, mesmo entre os pagãos. Se alguns bens foram realizados entre os pagãos, estes bens foram realizados por inspiração ou ação de Deus (cf. De Potentia, questão VI, artigo V, ad 5um). No mesmo artigo santo Tomás diz ser possível que Deus tenha feito um milagre para atestar a castidade de uma virgem pagã. Pode-se lembrar também o milagre da mula de Balaão que falou distintamente como se lê nas Sagradas Escrituras. Ora Balaão era um mago pagão. A mula falou porque Deus queria adverti-lo de não levar adiante seu intento de amaldiçoar os judeus. (Num XXII)
À segunda pergunta deve-se responder que as autoridades da Igreja conciliar, constituem uma seita modernista a qual, ocupando os postos chaves da Igreja, a mantêm cativa. Não se pode dizer de maneira absoluta nem que a Igreja conciliar seja a Igreja católica, nem que ela não o seja. Pela doutrina modernista e a intenção de destruir a Igreja católica ela não o é, evidentemente; mas pelo fato de deter em seu poder uma jurisdição que pertence à Igreja católica, ela tem algo de católico em seu poder. Se o Papa atual se convertesse ele exerceria catolicamente um poder que hoje ele exerce modernisticamente.
Esta parece-me ter sido a posição que Dom Lefebvre sempre adotou.
2- Ninguém age sem um fim. Mas que fim Deus poderia ter fazendo um milagre na Missa Nova?
Dom Faure já respondeu a esta pergunta. Se Nosso Senhor está presente na hóstia consagrada numa Missa Nova com o agravante desta hóstia ter sido profanada não parece absurdo que Deus faça um milagre para indicar a gravidade desta profanação.
Mas, dirão alguns, Dom Williamson citou também um suposto milagre ocorrido na Polônia. O mesmo raciocínio se impõe. Onde há presença real pode haver milagre sem se faltar com a verdade.
Mas não seria isso aprovar a Missa Nova?
Não, assim como não é aprovar o paganismo que demostrar, através de um milagre, a inocência de uma virgem pagã.
3- O milagre é uma assinatura de Deus e Deus não pode assinar uma heresia. Mas este milagre, se milagre houve, não é uma assinatura do novo rito da missa mas sim da presença real. O sacramento recebido na Igreja conciliar pode ser verdadeiro e a doutrina que o acompanha pode ser falsa. Mas são duas coisas distintas. Uma não anula a outra. Afirmar um, mesmo com milagre, não é afirmar o outro, como provar a inocência de uma virgem pagã não é aprovar o paganismo.
Os argumentos apresentados não me parecem conclusivos. Seja como for, eles não podem servir para desacreditar Dom Williamson que permanece o Bispo que se opôs à política suicidária dos acordistas e que sagrou Dom Faure, ordenou padres para a Resistência, confirmou inúmeros fieis dando assim a todos a esperança de continuar o bom combate de Dom Lefebvre que não é outro senão o bom combate da Santa Igreja una, católica, apostólica e romana e, como dizia São Pio X, perseguida.
Ir. Tomás de Aquino O.S.B

Missas de janeiro

Salve Maria!
No final de semana passado tivemos a graça de ter Missas, Adoração noturna e o apostolado ao Convento da Penha em reparação ao grande desrespeito feito a Nossa Senhora pela emissora da rede globo e pela abominável "marcha para satanás" que aconteceu em diversas partes do Brasil . 
Agradecemos ao Dom André - OSB e ao Irmão Agostinho pela caridade em mais uma vez vir nos atender.


MISSA DO DIA 23/01






ADORAÇÃO 






APOSTOLADO NO CONVENTO DA PENHA 








quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Da seita neomodernista que ocupa a Igreja Católica


Da seita neomodernista que ocupa a Igreja Católica


Cinquenta anos depois do Concílio Vaticano II e da reação do movimento tradicionalista na subsequente crise da Igreja, podem-se distinguir três tendências divergentes sobre a relação a ter entre a Igreja Católica e a Igreja oficial. Quer dizer, entre o corpo místico de Nosso Senhor Jesus Cristo e os clérigos e fiéis unidos à hierarquia e às reformas pós-conciliares.
Para uns, são duas igrejas substancialmente distintas, absolutamente separadas, e não se pode pertencer às duas ao mesmo tempo. Estas duas igrejas tem uma fé diferente, ritos diferentes, uma legislação diferente. A lógica os leva também a já não rezar publicamente pelo papa atualmente reinante, porque ele é papa de outra Igreja, que não é – ou já não é – católica.
Para outros, ao contrário, a Igreja oficial, hierárquica, romana, conciliar não é uma Igreja à parte, mas sim a Igreja Católica real, una, a verdadeira, a visível, a Igreja de hoje, e é inadmissível fazer uma distinção real entre a Igreja conciliar, oficial, e a Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. A lógica levará também a procurar a pertença oficial, visivelmente, canonicamente, a esta hierarquia, para bem assegurar a pertença à única Igreja, católica e apostólica.
Estas duas concepções, durante já cerca de meio século de debates entre tradicionalistas, dividiu-os e levou-os a formar duas pontas extremas, conhecidas comumente por “sedevacantistas” e “acordistas”. Nossa análise pode parecer sumária, mas a experiência o tem provado: quando um tradicionalista, clérigo ou leigo, já não faz a distinção entre a Igreja oficial e a Igreja católica, ele acaba um dia ou outro se colocando a serviço da primeira, e assim abandona o combate da fé exigido pela segunda nestes tempos de clara e geral apostasia.
Na verdade, o problema é mal colocado, e permanece um dilema entre dois termos de uma alternativa. Pois há uma distinção a fazer entre a Igreja oficial e a Igreja Católica, e ela foi feita por todos os nossos antigos combatentes da fé depois do concílio. Basta que refresquemos a memória e nos lembremos de fórmulas bem conhecidas: “A Igreja ocupada”, “Roma ocupada”.
A Igreja conciliar e neomodernista não é portanto nem uma Igreja substancialmente diferente da Igreja Católica nem absolutamente idêntica; ela tem misteriosamente algo de um e de outra: é um corpo estranho que ocupa a Igreja Católica. É preciso distingui-las sem separá-las.
Precisemos bem: um “corpo”, e não uma “doença”, uma “tendência”, um “espírito”, uma “concepção falsa” como se procura demonstrar no DICI n°273, recusando em princípio considerar a Igreja conciliar como uma “sociedade distinta de outra” (p. 8). Esta negação poderia, rigorosamente, ser admitida no sentido definido acima, de uma sociedade absolutamente, substancialmente diferente da Igreja Católica. Mas ela nos parece perigosa, em seu sentido óbvio, e, em todo caso, contrária à doutrina de São Pio X, que qualifica os modernistas de associação secreta (cladestinum foedus; Motu próprio de 1 de setembro de 1910) que se oculta no seio mesmo e no coração da Igreja (sinu gremioque Ecclesiae; Pascendi, 1907).
O que o magistério ensina originalmente como modernismo, nossos antigos o chamaram em termos enérgicos de sujeito do neomodernismo, qualificando suas hierarquias de “seita”; e não se vê em que o princípio tenha mudado hoje em dia... Que se nos permita, mesmo se este debate desagrade hoje em dia a alguns na Tradição, trazer à memória algumas citações lapidares:
Dom Lefebvre: Isso é uma seita que se apossou de Roma, se apossou da alavanca de comando da Igreja” (Conferência em Flavigny, dezembro 1988, Fideliter n° 68, p. 10).
Padre Tissier de Mallerais: “[...] nas circunstâncias de uma Igreja ocupada pela seita progressista [...]” (Fideliter n° 53, p. 38, set-out 1986).
Padre Calmel: “[...] organizações ocultas de uma falsa Igreja, de uma Igreja aparente” (Itinéraires n° 123, p. 174, maio 1968); “Igreja aparente no seio mesmo da Igreja verdadeira” [...]” (Itinéraires n° 106, p. 178, set. 1966).
Padre Marcille: “[...] a seita no poder na Igreja [...] a seita conciliar a favor do poder que ela ocupa [...]” (Fideliter n° 96, pp. 67 e 71, nov-dez 1993).
Marcel de Corte: “É a parte que se erige para tudo, a seita que se erige na Igreja una, santa, católica, apostólica e romana. Por um instante, a parte permanece no todo que ela corrompe pouco a pouco” (Itinéraires n° 131, p. 266, março de 1969).
Jean Madiran: “[...] a seita campeada na Igreja [...]” (Itinéraires n° 137, p. 28, nov. 1969).
Henri Rambaud: “[...] a seita, pequena pelo nome em relação ao resto do rebanho, mas instalada nos postos de comando [...]” (Itinéraires n° 143, p. 111, maio 1970).
Resumindo com o Padre Berto: “Jacques Maritain, em 1966, falou de ‘febre’ neomodernista. Mas ele esquece que [se trata de] neomodernistas que jamais se admitirão tais, que permanecerão a todo o preço no interior da Igreja, para ‘fazê-la crescer de dentro uma mutação substancial que não lhe deixará da Igreja senão o nome [...]; eles constituem na Igreja uma associação secreta de assassinos da Igreja” (Itinéraires n° 112, p. 69, abril 1967).
Em 1964, em pleno concílio, Jean Madiran escreveu um artigo especial intitulado “A sociedade secreta do modernismo”, em Itinéraires. Cinquenta anos depois, seu diagnóstico permanece ainda válido:
"Uma sociedade secreta que consegue sobreviver quando é combatida, não vai ela conseguir prosperar quando já não for combatida? Depois da morte de São Pio X, ocupam-se de outra coisa, incluindo o modernismo doutrinal, jurídico, social, mas já não se ocupam da sociedade secreta instalada no seio da Igreja. A consequência de tal abstenção é que a sociedade secreta reforçou sua instalação, multiplicou seus progressos, desenvolveu seu poder; que é poder oculto e se torna muito maior; que ela foi muito mais forte para colocar à frente seus adeptos, para liquidar seus adversários, e para prevenir que se fale dela: impor um silêncio público a respeito dela mesma é o objetivo de todas as sociedades secretas." (Itinéraires n° 82, abril 1964, p. 100.)

Reduzir a Igreja conciliar e neomodernista a um conceito, uma tendência, um espírito, recusando-lhe o status de seita, de sociedade, de associação (Ecclesia = assembleia em grego), em que ela deve necessariamente se encarnar, e para qual de fato ela se move concretamente e eficazmente, é ignorar os ensinamentos de São Pio X e de nossos antepassados na Tradição. Isso não é somente um erro teórico, mas também, em suas consequências práticas, uma predisposição de espírito a identificar puramente e simplesmente a Igreja Católica, a que todos querem pertencer, e a hierarquia oficial e visível que a ocupa e a dirige depois de décadas, de que nós não fazemos (ainda) parte. Situação portanto “anormal”, que convém regularizar de uma maneira ou de outra.
Citemos algumas frases significativas de Dom Fellay: “O fato de ir a Roma não quer dizer que se esteja de acordo com eles. Mas é a Igreja. E é a verdadeira Igreja” (Sermão em Flavigny, em 2-9-2012, Nouvelles de Chrétiente, n° 137, p. 20.)
A Igreja do Cristo está presente e move-se como tal, quer dizer, como única arca de salvação, somente lá onde está o vigário de Cristo” (Carta aos amigos e benfeitores de 13-04-2014).
A Igreja oficial é a Igreja visível; é a Igreja Católica, e ponto final” (Sermão no Seminário de la Reja, 20-12-2014).
Compare-se com o que Dom Lefebvre disse a nossos padres reunidos em Écône, em 9 de setembro de 1988: “Nestes últimos tempos, disseram-nos que era necessário que a Tradição entrasse na Igreja visível. Eu penso que se comete nisso um erro gravíssimo, [...] isso é enganar-se assimilando Igreja oficial e Igreja visível. Nós pertencemos à Igreja visível, à sociedade de fiéis submissos ao Papa, pois não recusamos a autoridade do papa, mas o que ele faz... Saímos, então, da Igreja oficial? De certa maneira sim, evidentemente. Todo o livro de M. Madiran A Heresia do 20° século é a história da heresia dos bispos, deve-se então sair do meio destes bispos, se não se quer perder sua alma” (Fideliter n° 66, nov.-dez.1988, pp. 27-28).
Concluímos: com são Pio X, guardemos sempre no espírito que os neomodernistas formam uma seita que não quer jamais deixar a Igreja Católica, que a subverte do interior, e que são seus piores inimigos, verdadeiros lobos revestidos de pele de ovelha.
Com Monsenhor Lefebvre, não nos juntemos aos “católicos que confundem a Igreja Católica e romana eterna com a Roma humana e suscetível de ser invadida pelos inimigos cobertos de púrpura” (Carta ao Figaro, de 02-08-1976).
Revista “Le Sel de la terra” dos dominicanos de Avrillé, edição de inverno de 2015









domingo, 17 de janeiro de 2016

Reparação pela blasfema marcha para satanás

Salve Maria!

Convidamos a todos os fiéis a estarem às 15:00hrs de hoje (domingo - 17/01) em nossa Capela para a oração da Via Sacra em reparação da infeliz marcha para satanás.

A todos que não puderem comparecer e aos membros de outras capelas, fica o nosso convite para que não deixem de rezar em casa. 

Segue abaixo a Via Sacra e outras orações que também podem e devem ser rezadas para a reparação.


Ato de Reparação ao Sagrado Coração

   Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos,  eis-nos aqui prostrado diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata, e das nefandas injúrias com que é, de toda parte, almejado o vosso Amorosíssimo Coração.
   Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as próprias culpas, senão também a daqueles que, errando fora do caminho da salvação, ou se obstinam na infidelidade não vos querendo como pastor e guia, ou conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da vossa santa lei.
   De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos hoje desagravar-vos, mas particularmente, da licença dos costumes e das imodéstias dos vestidos, de tantos laços de corrupção armados a inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do Divino Amor, e enfim dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.
   Oh! Quem nos dera, lavar com o próprio sangue, tantas iniquidades!
   Para reparar a honra divina ultrajada, nos vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que oferecestes ao Eterno Pai na cruz, e que não cessais de renovar todos os dias, em nossos altares.
   Ajudai-nos senhor com o auxílio de vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias a vossa infinita majestade e atrair ao vosso serviço o maior número de almas possível.
   Recebei, benegníssimo Jesus, pelas mãos de Maria Santíssima reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de preservar constantes, até a morte, no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos a pátria bem-aventurada, onde vós com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais – Deus – por todos os séculos dos séculos. Assim seja.

Oração reparadora

   Divino Salvador Jesus, dignai-vos baixar um olhar de misericórdia sobre vossos filhos da Guarda de Honra, que, reunidos em um mesmo pensamento de fé, de reparação de amor, vem chorar aos vossos pés, suas infidelidades e a de seus irmãos, os pobres pecadores!
   Ó coração adorável de Jesus, em reparação de tantas injúrias, vimos vos oferecer o amor de todos os justos, os ardores dos anjos e dos santos do paraíso e, sobretudo, os sentimentos de Maria Santíssima e de São José.
   Permiti-nos, o amável Jesus, que unamos a esta preciosa oferta todos os bons desejos e afeições de nossos corações, que consagremos e dediquemos a vosso amor nossos corações e os de todos os homens que estão na terra e , assim, supramos a insuficiência do nosso amor para convosco.
   Ó coração de Jesus! Tão terno, tão generoso, tão amante e tão doce!...perdão primeiramente para nós! perdão para os pobres pecadores!...
   Reparação pública pela indiferença que de vós aparta tantos cristãos negligentes; graça e perdão para os ingratos!

   Aceitai  estes humildes desejos,  ó bom Jesus!  Dignai-vos  abençoa-los, e fazei que, tendo-vos fielmente amado, servido e consolado  na terra como  verdadeiros  Guardas  de Honra, tenhamos a  felicidade  de oferecer-vos,  no céu, um eterno cântico de louvor, de amor e de benção. Assim seja.

The Miraculous Medal depicting a monogram of the Holy Name of Mary and the Sacred Hearts of Jesus and Mary, surrounded by twelve stars which represent the Twelve Apostles who in turn represent the whole Church.



ATO DE CONTRIÇÃO 

  Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador, Pai e Redentor meu, em quem creio e espero e a quem amo sobre todas as coisas, só por serdes Vós quem sois bondade imensa, infinitamente misericordioso, e pelo sangue preciosíssimo que por meu amor derramastes na árvore santa da cruz, que que me pesa de Vos ter ofendido; pesa-me, meu Deus, de não ter maior pesar, e embora não houvesse inferno a temer nem glória a esperar só por serdes Vós quem sois, arrependo-me, odeio minhas culpas e me pesa de ter pecado; e quisera, meu Deus, que viessem sobre mim todos os males e até a morte antes de tornar a ofender-Vos. Proponho, Senhor, nunca mais pecar e apartar-me das ocasiões de ofender-Vos; ofereço-Vos minha vida, obras e trabalhos em satisfação de todos os meus pecados; e assim como o peço, assim espero em vossa bondade e misericórdia infinita que me perdoareis e me dareis graça para emendar-me e perseverar até o fim de minha vida em vossa amizade e graça. Amém.

Caminho reto e seguro para chegar ao céu - Santo Antônio Maria Claret


A VIA SACRA


ORAÇÃO PREPARATÓRIA


Ó MEU Jesus! Amo-Vos mais que todas as coisas, porque sois infinitamente bom. Pesa-me de todo o coração, de vos ter ofendido, a Vós, que sois meu soberano bem. Ofereço-Vos este piedoso exercício em memória do que sofrestes no caminho do Calvário, por amor de mim, que sou um indigno pecador. – (Se for oferecido às almas do purgatório) Intento ganhar e aplicar às almas do Purgatório a indulgência plenária anexa a este piedoso exercício.


ESTAÇÃO I. Jesus condenado à morte.


V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.


PODIA o Divino Salvador nosso pulverizar com uma palavra, com um olhar só, aquele infame Juiz e a turba dos Judeus e algozes; queria, porém, satisfazer à justiça de seu Pai por todos os pecados do mundo, calou-se!... Obrigue-nos este exemplo a sofrer as injustiças dos homens, como satisfação à justiça eterna, tantas vezes por nós desacatada.



PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.


*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado. 


ESTAÇÃO II. Jesus com a cruz às costas.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.



RECEBE Jesus, o justo por excelência, da mão dos algozes, o pesado lenho do seu sacrifício: E nós, pecadores, como recebemos as cruzes, às vezes tão leves, que nos envia o misericordioso Senhor, para lembrar-nos a devida penitência? – Comparemos, julguemos!

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.


ESTAÇÃO III. Jesus cai debaixo da cruz, primeira vez.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.


CAI ao peso da cruz nosso Redentor. Levanta-se no meio de sangrentos insultos. Eis como se dignou expiar nossas quedas. – Sigamo-lo, pois, com o coração sinceramente contrito e penetrado, no caminho doloroso que aceitou trilhar por nós.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.



ESTAÇÃO IV. Jesus encontra sua Mãe Santíssima.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.


IMENSA foi a aflição da mãe e do Filho, neste crudelíssimo encontro. Maria, porém, conhecia o plano divino, sabia que Jesus havia de ser imolado pela glória do Pai e Redenção do mundo, e dela também era o holocausto. – Alcance-nos a Mão do Salvador, os sentimentos de suas virtudes heroicas com perfeita imitação do seu divino Filho.


PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.



ESTAÇÃO V. O Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.


MEDITEMOS o ato que permite aqui Jesus. Não lhe falta a força àquele que sustenta o universo; quer, porém, ensinar-nos, aceitando tal auxílio, que nos devemos ajudar uns aos outros, no caminho da vida, com serviços e obséquios recíprocos.


PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.



ESTAÇÃO VI. A Verônica enxuga a face de Jesus.
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.


DULCÍSSIMO Jesus meu! Assim como recompensastes a compassiva e generosa Verônica, com vosso retrato, no véu que enxugou vosso rosto sagrado, dignai-vos de imprimir em nossos corações vossa imagem, e os vossos padecimentos por nós, que nunca os possa o pecado ofuscar ou delir.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.



ESTAÇÃO VII. Jesus cai, segunda vez.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo. 


SUCUMBE de novo o Divino Cordeiro, ao peso dos nossos pecados antes que do lenho ignominioso. Ergue-se logo, continua sua marcha para o Calvário. – Exemplo para nós, de nunca entregarmo-nos ao desalento: retemperando-os com nova graça nas águas benditas da penitência.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.



ESTAÇÃO VIII. Jesus consola as mulheres de Jerusalém.


V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.



NÃO choreis por Mim, chorais antes por vós e por vossos filhos, diz Jesus ás mulheres de Jerusalém, pensando só nas calamidades iminentes sobre sua pérfida pátria... E nos ensina que mais agradável lhe será nossa compaixão, se primeiro chorarmos nossos pecados, causa que são do seu sacrifício.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.


ESTAÇÃO IX. Jesus cai, terceira vez.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.



TANTAS e tão graves são as nossas ofensas, que de novo prostram o nosso Salvador. – O que, porém, lhe causa tristeza mortal, é que será baldado para muitos, o sangue que derrama. Não sejamos nós ingratos tais, protestemos antes, corresponder amorosamente à sua divina graça.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.


ESTAÇÃO X. Jesus despido da túnica inconsútil.



V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo. 



ABRAÇARAM-LHES os algozes a túnica inconsútil, pegada ao corpo pelas feridas sem conta da flagelação, e o despojaram, à vista do amotinado povo. – E eu, seu discípulo, tão apegado às vaidades, tão cobiçoso dos bens presentes... Livrai-me Senhor, e restituí-me a veste nupcial da vossa graça!

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.



ESTAÇÃO XI. Jesus pregado na cruz.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.


R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo. 



QUE atroz suplício nosso Redentor, quando lhe transpassaram as mãos e os pés sagrados com enormes cravos, e o crucificaram! Com este sangue a correr em jorro, conheçamos o preço duma alma, e quanto custou a nossa. Detestemos o pecado, causa de tantas dores. Prendei Senhor e Redentor meu, à vossa cruz minha vontade, nada a separe da vossa.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.


ESTAÇÃO XII. Jesus expira na cruz.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.   
DEPOIS de três horas de agonia, expira o nosso Redentor. Logo o céu, o sol, a lua, a terra, as pedras, todos os elementos se comovem em pavoroso assombro... – Choremos nossas iniquidades, causa desta morte, e prometamos a Jesus pagar amor com amor, procurando com zelo ardente a salvação das almas.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.


ESTAÇÃO XIII. Jesus descido da cruz.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.   


MARIA recebeu em seus braços o corpo inânime de seu adorado Filho. Então mais fundo que nunca lhe penetrou à alma o gládio profetizado outrora por Simeão. Então seria aquela dor grande como o mar... – Ó Mãe dolorosíssima, nossas culpas foram a causa do martírio vosso, e de vosso Filho; suplicai-lhe por nós, que nos penetre o coração o sincero arrependimento e o firme propósito de emenda para todo o sempre.

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.


ESTAÇÃO XIV. Jesus depositado no sepulcro.

V. Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos.
R. Porque com a vossa cruz remistes o mundo.  



O SEIO do Pai eterno, o seio da Virgem, a gruta de Belém, a cruz do Calvário, o sepulcro de Gethsemani... Aqui termina a fulgurante carreira do nosso Redentor... Aí está debaixo de enorme pedra! Tudo para me salvar... e eu tão pouco farei pela minha salvação que tão caro custou a Jesus Deus-Homem!

PAI NOSSO – AVE MARIA – GLÓRIA AO PAI

Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.
*Gravai, ó Mãe Santa, em meu coração, as chagas de Jesus Crucificado.



ORAÇÃO FINAL:

SENHOR meu Jesus Cristo, que para resgatar o mundo quisestes nascer, ser circuncidado, reprovado pelos ímpios Judeus, entregue com um ósculo pelo traidor Judas, amarrado e levado ao sacrifício como um cordeiro, arrastado pelas ruas, levado com tanta ignomínia aos tribunais da Anás, Caifás, Pilatos e Herodes, acusado por falsas testemunhas, cruelmente rasgado com tantos açoites, ludibriado, cuspido com repugnantes escarros, coroado de agudos espinhos, fustigado com a cana... que vos tapassem os olhos por zombaria, que vos despissem, vos pregassem com três cravos, e vos erguessem na cruz no meio de dois ladrões... que vos dessem a beber vinagre e fel, e vos transpassassem o coração com a lança!... Ó piedosíssimo Redentor, por tantas dores e penas, por nosso amor padecidas, e que nós vamos meditando agora, livrai-nos das penas do inferno, levai-nos ao paraíso, como o ladrão convosco crucificado, ó meu bom e dulcíssimo Jesus, que com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.



(Retirada do livro de Oração - A alma que quer ser perfeita)