terça-feira, 29 de março de 2016

segunda-feira, 28 de março de 2016

Oitavário de Nossa Senhora da Penha





Salve Maria!

Prezados fiéis,
Na próxima segunda-feira, dia 04, será a festa de Nossa Senhora da Penha, padroeira de nosso estado. Por isso, convidamos a todos a rezarem o oitavário que segue abaixo. Aproveitamos para avisá-los que, graças a Deus e a Nossa Senhora da Penha, nosso Bispo Dom Tomás de Aquino estará visitando nossa Capela nesse mesmo dia e estará dando a Primeira Comunhão a quatro crianças. Se possível coloquem nas intenções dos senhores essas almas inocentes que estarão recebendo Nosso Senhor pela primeira vez.

ORAÇÃO PREPARATÓRIA 

Ainda esclarecendo dúvidas, por S.E.R. Dom Tomás de Aquino, OSB

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PAX

                No Catecismo de São Pio X está dito que somente a Santa Igreja Católica recebeu o carisma de fazer milagres. Isto nunca será dado por Deus às falsas religiões porque Deus nunca favorecerá o erro, caso contrário Ele não seria Deus.
                Pergunta-se então como pode-se conceber um milagre numa Missa Nova ou mesmo entre pessoas que não são católicas? Isto é possível? Se for para a conversão destas pessoas não há nenhum impedimento. Os milagres são realizados por Deus para confirmar a verdade e assim fazendo conduzir as almas a Deus, ou seja, à Igreja Católica pois a Igreja Católica é a reunião das almas que estão unidas a Deus aqui na terra, no Purgatório e no Céu.
                Se a mula de Balaão falou foi para demonstrar que Deus abençoava o povo de Israel, figura e início da Santa Igreja Católica, e impedia que Balaão o amaldiçoasse como era sua intenção.
                Se houve milagre eucarístico na Nova Missa foi para a conversão dos que o presenciaram ou que tiveram notícia dele. Que seja certo que tenha havido milagre ou não, isto não pertence às verdades nas quais temos que crer para nos salvar. Que seja possível um milagre eucarístico, caso tenha havido consagração, é uma afirmação que pode ser defendida sem incorrer a nota de heresia. Se alguém não crer nesse milagre ou se ele achar inconveniente que ele tenha ocorrido numa Missa Nova, ele não incorre em nenhuma reprovação do ponto de vista da fé católica. A questão de saber se houve realmente milagre ou não houve é uma questão aberta. Quem se interessar por ela que procure as provas que demonstram a realidade ou a impostura deste “milagre”. Mas afirmar que uma hóstia consagrada e profanada não possa sangrar para a conversão dos padres e dos fiéis afim de que eles abandonem o modernismo e venham para a Tradição não parece sensato.
                Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má pode dar frutos bons. Isto é de fé, pois é Nosso Senhor Ele mesmo que o afirma. Isto é o bom senso mesmo, pois um espinheiro não pode dar os frutos que só a figueira pode dar.
                Logo, devemos concluir que nenhum bem poderá haver entre os infiéis, os protestantes e os modernistas? A questão não é tão simples assim. Santo Tomás diz que a árvore má é a vontade perversa e portanto devemos concluir que nada de bom pode sair da vontade perversa do demônio e dos que entregaram sua alma a ele. Nada de bom podia sair da inveja de Caim contra Abel. Nada de bom podia sair do ódio e da incredulidade dos fariseus contra Nosso Senhor. No entanto nem todo aquele que está na Igreja Conciliar vive do ódio, da inveja e da incredulidade. Alguns ainda querem se confessar, rezar e melhorar. Há ainda, provavelmente, árvores boas entre os progressistas, apesar do Progressismo; almas que estão lá mas não são de lá. As almas são ora movidas pelo espírito bom (do qual não pode proceder nenhum fruto mal), ora pelo espírito mal (do qual nenhum fruto bom pode proceder). Mas talvez nos perguntem. E da Nova Missa? E dos novos Sacramentos? Pode sair frutos bons destas árvores ruins? A resposta não é simples. É preciso distinguir entre o rito e o sacramento. Nós costumamos completar o rito do Batismo porque ele foi mutilado. Mas não refazemos o Batismo pois se ele foi válido, ele não pode ser dado novamente sem grave ofensa à Deus. Logo, o Batismo, mesmo entre os progressistas tem algo bom e muito bom, que é o fato de apagar o Pecado Original e nos tornar filhos de Deus, templos da Santíssima Trindade e algo mal que é a omissão dos exorcismos presentes no rito antigo. O mesmo se diga da Missa Nova. Dom Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer pensavam que ela podia ser válida quando todas as condições necessárias para isto estivessem reunidas. Mas nem por isso eles deixaram de condená-la porque a Missa Nova conduz à heresia por causa do seu rito. Rito ruim, sacramento bom, quando há sacramento.
                Outra dúvida. O bem e o mal entrelaçados? A Igreja Nova e a Igreja Católica entrelaçadas? Quem diz entrelaçadas, diz união e amizade. Não! Jamais a Igreja Católica estará unida por laços de amizade à Nova Igreja. Mas entrelaçada significa também laçada, presa, amarrada e isto sim. Isto é o que acontece. Os inimigos da Igreja a tomaram, a reduziram à escravidão, por assim dizer. Excomungaram Dom Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer, destronaram Nosso Senhor Jesus Cristo de seu reino sobre as nações. Entrelaçadas sim, mas desta forma. Quanto ao que inspira uma e outra, não. Elas se opõem e se opõem totalmente.
                Mas isto não é tudo. Há também o fato de que há pessoas que estão na Igreja Conciliar pensando que estão na Igreja Católica. Eles tem algo de católico pois muitos foram batizados validamente. Muitos crêem em Nosso Senhor. Muitos estão iludidos. Eles correm o perigo de perder a fé, mas nem todos já perderam a fé. Situação delicada, difícil, penosa, confusa. Sim. Paciência. Trabalhemos para ajudar estas almas. Trabalhemos para abandonar o que há ainda de liberalismo também em nós, pois cada vez que pecamos nós agimos como um liberal que se libera da lei de Deus e que, portanto, dá um fruto mau, apesar de não ser necessariamente uma árvore má.
                Que Nossa Senhora nos guie sempre pois seguindo-a ninguém se perderá. Assim seja.


+ Tomás de Aquino OSB

quarta-feira, 23 de março de 2016

Hoje: Quarta-feira de trevas



Quarta-feira de trevas

Hoje à tarde, começa o oficio de Trevas, com que nestes dias a Egreja celebra de algum modo, as exéquias do Senhor. Consta este officio de Matinas e Laudes cantadas com antecipação da véspera. Chamam de trevas tal officio, porque pelo fim d’elle apagam-se todas as luzes, em sinal do lucto profundo da Egreja e memoria das trevas que cobriram a terra na morte do Senhor Jesus. Lembra também o apagamento das luzes um facto histórico da bela antiguidade christã. O officio que celebramos pela tarde celebrava-se então durante a noite, e durava até à manhã; como chegasse o dia, apagavam sucessivamente as luzes, já desnecessárias. Colocam-se os círios ou velas sobre um candelabro triangular, quinze ao todo, sete de cada lado e um no meio ou vértice da figura.
Apagam as velas, uma após a outra, uma de cada lado, a começar pela mais inferior, do lado do evangelho, no fim do salmo, até ficar só a do meio, que se conserva acesa.
São de cera amarela taes círios, porque, por antiga tradição, só d’essa cor os usa a Egreja nos funeraes e grandes luctos. O do meio, porém, é de cera branca, porque representa N. S. Jesus-Cristo.
Em chegando o ultimo verso de Benedictus, carregam essa última luz atrás do altar, entretanto que se reza o salmo Miserere e as orações; depois tornam a trazer.
Os outros quatorze círios representam os onze apóstolos e as três Marias; lembra seu apagamento o silencio d’estas, a fuga d’aqueles. Esse rito e figura remontam ao VII século. Com que piedade contemplaram esta eloquente ceremonia tantos christãos nossos antepassados!
Não seja menor a nossa.
Respira o officio de Trevas a mais profunda tristeza. Invitatorio, hinos, Gloria Patri, benção, tudo é suprimido. Só se ouvem quatro vozes:
David que na lyra canta os ultrajes que sofre Jesus, a morte de seu Senhor e seu Filho; Jeremias, que, às magoas igualando o lamento, canta as ruinas de Jerusalem e os tormentos da Victima augusta; a Egreja em acentos enternecidos a chamar os filhos à penitencia: Jerusalem, Jerusalem, converte-te ao Senhor teu Deus!
Finalmente as santa mulheres que acompanharam Jesus desde a Galiléa, e com ele choravam na subida do Calvário. Sua marcha, suas lágrimas e prantos são representados por dois clérigos, que, de joelhos, caminham a cantar os Kyries Eleison, entrecortados de responos e plangentes suspiros.
Não há chefe nem pastor a presidir o officio nestes três dias, que escrito está: Ferirei o pastor, e serão dispersas as ovelhas do rebanho.
Remata o officio um rumor confuso, que lembra o tropel e queda tumultuosa da corte, que, guiada por Judas, veio alta noite, aprisionar o divino Salvador no horto das Oliveiras.

Goffiné, 1925, 10ºedição, pág. 472, instrução sobre o oficio de trevas. O português da época foi mantido.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Mais fotos da Sagração de Dom Tomás

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe Maria Santíssima, Salve!
"Ubi humilitas ibi maiestas"





"Seu olhar, sua conversação, todo o seu modo de ser, estavam impregnados de três coisas: bondade, firmeza e fé. A bondade do homem, a firmeza do governante e a fé do cristão..."
Mons. Baudrillart

Nossa Capela agradece imensamente a Deus, a Nossa Senhora das Alegrias e ao nosso bom pai São José, por nos ter dado um Bispo, um pai e um amigo!

Que São José, padroeiro da Igreja o cumule de graças e dê a ele a perseverança e a força necessárias para guardar e transmitir a Fé!

Ad multos annos!



Alguns fiéis de nossa Capela com os Bispos

Fotos da Sagração Episcopal de Dom Tomás de Aquino OSB


Fotos da Sagração Episcopal de Dom Tomás de Aquino OSB realizado no dia 19/03/2016 no Mosteiro da Santa Cruz - Nova Friburgo RJ












Instrução sobre a Semana Santa

               



  Vários nomes tem a semana da Dominga de Ramos ao Sábado Santo. Chamam-na a Grande Semana; duas grandes semanas há na duração do mundo: a primeira quando Deus criou o universo, cujos dias foram todos assignados com milagres da Omnipotência; a segunda, em que Deus reparou e como que recreou a sua obra, a purificou e restaurou na primitiva santidade, pelo sangue e morte do seu Filho, e esta, com seus dias ilustrados por milagres de amor, merece incomparavelmente mais que a primeira o nome de grande.

   Chamamo-la de grande, diz S. João Chrysostomo, não que tenha mais dias que as outras semanas, nem nos dias mais horas, mas pelos muitos e grandes mistérios que nela celebramos; nestes dias, com efeito, foi destruída a tirania do demônio, desarmada a morte, apagados o pecado e a maldição, o Céu aberto. Nela também são mais demorados os jejuns e as vigílias, mais amiudados os ofícios religiosos.

  Chama-se a semana dolorosa, por causa das penas e sofrimentos do Salvador, semana da indulgência, porque nela recebiam os penitentes a absolvição, e eram admitidos a comungar com os fiéis; semana de Xerophagia, porque só comiam nesses dias alimentos secos, sem adubo algum. Era uso universal outrora, comer só pão com água e algumas ervas nos últimos três dias. Semana Santa nós a chamamos pelos santos mistérios nela comemorados e pelas santa disposições com que a celebramos;  prevaleceu esta última qualificação: mostrem as nossas obras que foi bem dado o nome. Lembremo-nos dos exemplos dos nossos pais.

     Outrora eram todos de festa os dias desta grande semana, e também os da seguinte.

    Eram proibidos os trabalhos servis, o negócio e as demandas, e confirmaram estas disposições da Igreja os decretos dos Imperadores Romanos.

    Devemos perdoar-nos mutuamente, reconciliar-nos e esquecer todo rancor, se queremos participar das graças que nos pereceu a Paixão de Cristo, Senhor Nosso, e celebrar a Páscoa.

“Meu doce Jesus,
Que extremos obrais;
Quem não vos dirá;
Bendito sejais!”
A Paixão de N.S.J.C.