Nós, fiéis da Capela Nossa Senhora das Alegrias, somos Católicos Apostólicos Romanos. Somos fiéis a Tradição da Igreja, à herança de Jesus Cristo, como todo católico sempre foi e sempre deverá ser. Cremos firmemente em tudo que crê e ensina a Santa Igreja Católica Apostólica Romana e nesta Fé queremos viver e morrer, porque só nesta Igreja se honra a Deus, e “fora dEla não há salvação.” Não somos tradicionalistas, no sentido de que “tradicionalismo” identifica um partido na Igreja.
"...aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre"
Credo de Santo Atanásio
Para conservarmos a fé integral, sem mácula e inviolada, e assim conseguirmos salvar as nossa almas, nosso apostolado é dirigido por S.E.R Dom Tomás de Aquino, Prior do Mosteiro da Santa Cruz, beneditino, de Nova Friburgo.
Também temos a honra de recebermos os Reverendíssimos Padres da Resistência Católica, que nos trazem a sagrada doutrina e os sacramentos, todos segundo a Liturgia Tradicional, imaculada e infalível .
Professamos perfeita comunhão com a Cátedra de Pedro, de cujo legítimo Sucessor reconhecemos o Primado, o Santo Padre o Papa Francisco, e governo universal, pastores e fiéis, e por nada, deste mundo, nos dissociaremos da Pedra, sobre a qual Jesus Cristo fundou sua Igreja.
Cremos firmemente na infalibilidade pontifícia, como a definiu, o concílio Vaticano I. Acatamos o poder do Santo Padre o Papa, que é supremo, mas não absoluto, nem sem limites. Este poder é limitado pela Sagrada Escritura, Tradição e definições já proferidas pela Igreja no seu magistério perene, ao qual está subordinado e não pode contradizer; não é arbitrário, nem despótico de maneira e deve ser acatado incondicionalmente, ou a eximir os súditos da responsabilidade pessoal. Obediência incondicional e ilimitada só a Deus devemos.
Nós resistimos às autoridades eclesiásticas quando elas não ilustram a doutrina da Tradição Apostólica e permitem que seja maculada a Fé Imaculada, ou seja, quando trabalham na autodemolição da Igreja, e como consequência desta nossa resistência necessária: nós continuamos a conservar a Santa Missa e todos os sacramentos, doutrina e moral tradicionais, conforme e fiel à tradição católica, sem a qual é impossível agradar a Deus, pelo bem da Santa Madre Igreja e pela salvação das almas.
Em quê e por quê resistimos?
Em quê e por quê resistimos?
Somos católicos apostólicos romanos e o seremos, com a graça de Deus, até à morte, pois, nenhum poder ou autoridade nos afastará da Santa Igreja.
O motivo de nossa resistência não é o apego ao passado pelo simples fato de ser passado, nem apego às formas tradicionais, ou medievais, pelo simples de serem antigas; como, por exemplo, o gregoriano, o Latim, a Liturgia Tridentina, a arte sacra antiga (gótico, barroco). Tudo isso é muito belo e deve ser conservado. Nem mesmo o motivo de nossa resistência é somente aqueles abusos e escândalos mais graves de certas personalidades eclesiásticas.
Não, nossa resistência é por motivos doutrinários, por motivos de Fé: doutrinas, hoje ensinadas e praticadas pelas próprias autoridades eclesiásticas, que são incompatíveis com o que a Igreja já definiu no passado. Como:
Liberdade religiosa, proclamada no Concílio Vaticano II, que favorece o pluralismo religioso e induz a uma equiparação de direitos entre a verdade e o erro, dando o primado a um suposto direito subjetivo do homem, independentemente dos direitos absolutos da verdade, do bem e de Deus e conduz, em conseqüência, à laicização do Estado, tornando-o agnóstico em relação à verdadeira Igreja.
O Ecumenismo – espírito característico e predominante da chamada “Igreja conciliar” – que leva ao esvanecimento da nossa identidade católica, tentando colocar a verdade ao lado do erro em igualdade de condições, aceitando como coisa natural e normal que a salvação seja possível em qualquer religião, destruindo o espírito de apostolado e conduzindo assim ao indiferentismo religioso e a um pancristianismo, “erro dos mais graves capaz de destruir pela base os fundamentos da Fé católica” (Encíclica Mortalium animos do Papa Pio XI).” 22
A Missa nova, fruto do ecumenismo, porque ela “constitui, tanto em seu conjunto como em pontos particulares, um impressionante afastamento da Teologia católica da Santa Missa, tal como foi definida na sessão XXII do Concílio de Trento” (Carta dos Cardeais Ottaviani e Bacci a Paulo VI, em 5/10/1969). De fato, o Novo Ordo obscurece as expressões que sublinham os dogmas eucarísticos, aproximando a Missa da ceia protestante e não envolvendo mais uma nítida profissão de fé católica.
A Colegialidade – doutrina do Concílio Vaticano II (“Lumen gentium”), retomada explicitamente pelo Código de Direito Canônico (cânon 336), segundo a qual o Colégio dos Bispos juntamente com o Papa goza igualmente do poder supremo na Igreja e, isto, de uma maneira habitual e constante. Esta doutrina do duplo poder supremo é contrária ao ensinamento e à prática do magistério da Igreja especialmente no Concílio Vaticano I (Denz. Sch. 3055) e na Encíclica de Leão XIII, “Satis Cognitum”. Somente o Papa tem este poder supremo que ele comunica, na medida em que o julgar oportuno e em circunstâncias extraordinárias, como nos Concílios.
Temos, portanto, o dever de resistir, às autoridades eclesiásticas, que tentam impor à Igreja a Missa nova, a liberdade religiosa, o ecumenismo, a colegialidade. Embora, nossa resistência seja circunstancial, temporária e restrita aos pontos em que essas autoridades se afastam da doutrina de sempre.
São inúmeras as citações dos santos e doutores legitimando a resistência às autoridades reconhecidas como tais. Já as citamos em diversos trabalhos nossos. Recordamos apenas algumas:
São Roberto Belarmino: “É lícito resistir ao Pontífice que tentasse destruir a Igreja. Digo que é lícito resistir-lhe não fazendo o que ordena e impedindo a execução de sua vontade” (De Romano Pontífice, Lib II, c. 29). Desta afirmação de um santo canonizado e proclamado doutor pela Igreja, que examinou e aprovou todos os seus escritos, se infere a possibilidade de o Papa tentar destruir a Igreja e a liceidade da resistência a ele. Este mesmo santo aprovou a proposição 15ª dos teólogos de Veneza, que dizia que “quando o Soberano Pontífice fulmina uma sentença de excomunhão que é injusta ou nula, não se deve recebê-la”. Infere-se igualmente daí a possibilidade e a resistência.
Papa Adriano II: “Honório (papa) foi anatematizado pelos Orientais; mas deve-se recordar que foi acusado de heresia, único crime que torna legítima a resistência dos inferiores aos superiores, bem como a rejeição de suas doutrinas perniciosas” (Alloc. III, lect. In Conc. VIII, act. VII).
VI Concílio Ecumênico, sobre as cartas do Papa Honório I ao Patriarca Sérgio: “Tendo certificado estarem elas em inteiro desacordo com os dogmas apostólicos e as definições dos santos concílios e de todos os Padres dignos de aprovação, e pelo contrário seguirem as falsas doutrinas dos hereges, nós as rejeitamos de modo absoluto e as execramos como
nocivas às almas” (Denz. Sch. 550).
Papa São Leão II: “Anatematizamos Honório (Papa) que não ilustrou esta Igreja apostólica com a doutrina da Tradição apostólica, mas permitiu, por uma sacrílega traição, fosse maculada a Fé imaculada (...) e não extinguiu, como convinha à sua autoridade apostólica, a chama incipiente da heresia, mas a fomentou por sua negligência (Denz. Sch. 563 e 561).
Papa Leão XIII: “Desde que falta o direito de mandar ou o mandato é contrário à razão, à lei eterna, à autoridade de Deus, então é legítimo desobedecer aos homens a fim de obedecer a Deus (Encíclica Libertas Praestantissimum, n. 15).
Suarez: “Se o Papa baixar uma ordem contrária aos bons costumes, não se há de obedecer-lhe; se tentar fazer algo manifestamente oposto à justiça e ao bem comum, será lícito resistir-lhe” (De fide, dist. X, sect. VI, n. 16).
Papa Félix III: “É aprovar o erro não lhe resistir, é sufocar a verdade não a defender... Todo aquele que deixa de se opor a uma prevaricação manifesta pode ser tido como um cúmplice secreto” (citado pelo Papa Leão XIII, em carta aos bispos italianos, 8/12/1892).
Santo Tomás de Aquino: “Nenhum preceito tem força de lei a não ser por sua ordem ao bem comum” – “Toda lei se ordena para a comum salvação dos homens e somente daí tem força e razão de lei, e, na medida em que falta a isso, não tem força de obrigar” (I-IIae., q. 90 e 96, a 6).
Dom Guéranger: “Quando o pastor se transforma em lobo, compete primeiramente ao rebanho se defender. Normalmente, sem dúvida, a doutrina desce dos bispos ao povo fiel; e aos súditos, na ordem da fé, não compete julgar seus superiores. Mas há no tesouro da Revelação pontos essenciais, de que todos os cristãos, em virtude do seu próprio título de cristãos, têm o conhecimento necessário e a guarda obrigatória. O princípio não muda quer se trate de crença ou de conduta, de moral ou de dogma. As traições como as de Nestório são raras na Igreja; mas pode acontecer que pastores permaneçam silenciosos, por um motivo qualquer, em circunstâncias em que a própria Religião estaria engajada. Os verdadeiros fiéis são os homens que tiram do seu próprio batismo, em tais circunstâncias, a inspiração de uma linha de conduta; não os pusilânimes que, sob pretexto especioso de submissão aos poderes
estabelecidos, esperam para afugentar o inimigo ou para opor-se às suas investidas, um programa que não é necessário e que não se lhes deve dar” (L’Année Liturgique, na festa de São Cirilo de Jerusalém, p. 339-341).
São Vicente de Lérins: “Muitas vezes procurei informar-me com muito zelo e atenção, junto de um bom número de homens eminentes pela santidade e pelo saber a respeito da seguinte questão: Existe um método seguro, por assim dizer geral e constante, por meio do qual se possa discernir a verdadeira Fé católica das mentiras da heresia? E de todos sempre recebi esta resposta: Se eu ou outrem queremos descobrir logo os sofismas dos hereges, evitar cair nas suas emboscadas e permanecer numa fé sã (com a ajuda de Deus), sem que nós mesmos fiquemos abalados, seria necessário abrigar esta fé sob uma dupla muralha: a autoridade da Lei Divina, em seguida a Tradição da Igreja Católica (...) “Na própria Igreja Católica, é mister vigiar cuidadosamente para se ater àquilo que foi crido por toda a parte, sempre e por todos (quod ubique, quod semper, quod ab omnibus). Porque isto é verdadeiramente católico...” (Commonitorium).
São Xisto, Papa: em carta que enviou ao bispo de Alexandria, a respeito do heresiarca Nestório: “Dado que, conforme a palavra do Apóstolo, a Fé é uma – a Fé que vitoriosamente prevaleceu – cremos aquilo que devemos dizer e dizemos aquilo a que devemos aderir: Nenhuma concessão seja feita à novidade, porque nada deve ser acrescentado à Antigüidade. Que a fé, a crença límpida dos antepassados não seja alterada por nenhuma mistura de lama” (citado por São Vicente de Lérins, Commonitorium, XXXII).20
3 – Exemplo dos Santos:
São Paulo resistindo ao 1º Papa, São Pedro, e publicamente.
Santo Atanásio, que resistiu ao Papa Libério, não indo a Roma e sendo por ele excomungado injustamente (Denz. Sch. 138, 141 e 142).
Santo Eusébio, Santo Atanásio e São Teodoro Estudita: “Em razão de imperiosas necessidades, nem tudo, em momentos críticos onde campeia a heresia, se faz exatamente conforme se estabeleceu em tempos de paz. Ora, eis precisamente o que o Bem-aventurado Atanásio e o muito Santo Eusébio fizeram manifestamente: ambos impuseram as mãos fora dos limites (de sua jurisdição). Agora também vê-se que a mesma coisa se passa na heresia presente” (São Teodoro Estudita – Ano 758-826) (Patrologiae Graecae – Migne – T. XCIX).
São Gregório Nanzianzeno (+389), reprovou a atitude das autoridades eclesiásticas face ao arianismo: “Os Pastores agiram como insensatos...”
São Godofredo de Amiens, Santo Hugo de Grenoble, Guido de Vienne e outros bispos reunidos no Sínodo de Vienne (1112) resistiram ao Papa Pascoal II, na questão das investiduras: “Se, como absolutamente não cremos, escolherdes uma outra via, e vos negardes a confirmar as decisões de nossa paternidade, valha-nos Deus, pois assim nos estareis afastando de vossa obediência” citado por Bouix, “Tract. De Papa” t. II, p. 650).
A Igreja, na Ladainha de Todos os Santos pede a Deus: “Que Vos digneis conservar na Santa Religião o Sumo Pontífice e todas as Ordens da Hierarquia eclesiástica, nós vos rogamos, ouvi-nos, Senhor!” Logo é possível que o Papa venha a se afastar da Santa Religião.http://capelanossasenhoradasalegrias.blogspot.com/2011/09/nossa-padroeira-causa-de-nossa-alegria.html