terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Sermão do 14º Domingo de Pentecostes
“Fiel
não é quem somente crê que Deus é todo poderoso, mas aquele que crê que tudo
pode com Deus” - São João Clímaco.
O Evangelho nos fala da confiança em Deus. A confiança profunda em Deus é
uma das coisas mais difíceis de encontrar nas almas, mesmo nas boas, mas é uma
das mais necessárias. De sua falta provém a preocupação, a angústia, a
inquietude, a tristeza e a consequente impossibilidade de avançar na virtude. Pode-se
dizer que a confiança é a chave da santidade.
Eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa
vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. Mas, por acaso não
necessitamos de tudo isso? Sim, e se nos manda trabalhar, nos esforçamos, mas
evitando a preocupação, disse São Jerônimo. Devemos estar ocupados, mas não preocupados,
isto é, ocupados antes do tempo com temores e angústias. Sobre o necessários
equilíbrio entre confiança e esforço ou ação, há uma máxima de Santo Inácio,
que diz: “trabalha como se tudo dependesse de ti, mas sabendo que tudo depende
de Deus”.
Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam,
nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito
mais que elas? Com nossos cuidados, esforços ou diligências está a divina providência.
Devemos crer nisso.
E por que vos inquietais com as vestes?
Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. Entretanto,
eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um
deles. Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada
ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Se Deus cuida de tal modo das
flores, cuja vida é tão breve, abandonará acaso os homens que criou, não para
um tempo limitado, mas para que vivam eternamente? Porque a alma é imortal. Não
devemos pensar que seremos abandonados por um Deus que “nos amou até o
extremos” e se entregou à morte por nós.
Disse “homens de pouca fé”, porque é
muito pequena e limitada aquela fé que não está segura ainda sobre
pequeníssimas coisas, como a comida e a veste. E nós nos acostumamos a cair no
mesmo erro...
Cristo não quer a preocupação e anima a confiança que provém de crer
verdadeiramente que Deus é Deus: que é Bom, Onipotente e Providente. Somos “homens
de pouca fé”, pois ainda que não neguemos os dogmas da fé católica,
desconfiamos da bondade e da onipotência divinas.
Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos?
Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo
isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. Comenta São João Crisóstomo
que não disse “sabe Deus”, mas “sabe vosso Pai”,
para inspirar-nos mais confiança. Se é pai não poderá desprezar seus filhos.
Nosso Senhor nos dá o remédio contra a preocupação: basearmo-nos
na confiança que surge da fé, da esperança e da caridade, e que aumenta
em nós essas virtudes. Por isso disse “buscai primeiro o reino de
Deus e sua justiça”. Devemos primeiro buscar “o reino de Deus e
sua justiça” como nosso verdadeiro bem e fim; e “o demais”,
como necessário para esta vida, vida que, por sua vez, é um meio de alcançar a
outra (Santo Agostinho). “O reino de Deus” é o prêmio das boas
obras (o Céu), e “sua justiça” o caminho de piedade pelo qual se
vai ao reino (a vida devota, a santidade).
Não devemos nos preocupar com “o acréscimo”
se buscamos primeiramente o Reino de Deus e sua justiça, porque “o demais
nos será dado em acréscimo”, isto é, o receberemos se não colocarmos
impedimentos, disse Santo Agostinho. E como colocamos impedimentos? Se buscamos
“o acréscimo” como tendo igual ou maior importância que “o
reino de Deus e sua justiça”, ou incorrendo em preocupação. Bem, como
estas coisas nos são dada por complemento ou acréscimo, o Médico Divino – disse
Santo Agostinho – ao qual todos nós nos confiamos, sabe quando deve nos
conceder a abundância, e quando a escassez, segundo o que nos convém em relação
à riqueza ou a pobreza, à saúde ou à enfermidade, à alegria ou à tristeza, o
fervor ou à aridez, etc. E se alguma vez sofremos carências em relação às
coisas necessárias para a vida, creiamos que isso permite o Senhor para nossa
prova, para que consigamos o reino procurado.
Santa Teresa do Menino Jesus nos ensina a cofiança em
Deus. Ela,
que foi “a maior santa dos tempos modernos”, segundo as palavras de São Pio X.
Grande por ter-se feito muito pequena nas mãos de Deus, como uma criança nos
braços de sua mãe, por meio de uma confiança cheia de humildade, de fé,
de esperança e de caridade. “Meu caminhozinho é o caminho de uma infância
espiritual, o caminho da confiança absoluta”, dizia.
Frequentemente os fiéis se queixam de que lhes parece
que lhes falta amor a Deus. Em uma carta escrita a sua irmã, Santa Teresinha
dizia: “a confiança, e nada mais que a confiança, é o que deve nos
conduzir ao amor” (ao amor perfeito, à caridade ardente). Nessas poucas
palavras resume sua mensagem, nos revela a chave de sua grande santidade e o
motor de sua existência. Se a fé abre a alma a Deus como o arado abre a terra,
a confiança a abre inteiramente e faz possível o futuro. É pela confiança que
Deus fica livre para fazer sua vontade na alma. Essa vontade se cumpre pela
medida da confiança que Deus encontra na alma. Antes que Deus dê a confiança
aos que a pedem, Ele estará presente na alma, ainda que limitado, como preso e
“pequeno”. Mas “pequenos” devemos ser nós, não Ele. Se somos pequenos – pela
confiança – Ele será grande em nossas almas. Essa é a maior mensagem da maior
santa de nosso tempo.
“Fiel não é quem somente crê que Deus é todo poderoso, mas aquele que crê que tudo
pode com Deus” disse
São João Clímaco. A falta de confiança em Deus é uma certa infidelidade. Um
exemplo: os fiéis que sabem que os pecados veniais se perdoam de vários modos,
além da absolução sacramental, mas na prática não estão dispostos a prescindir
das “seguranças” da confissão. Não comungam porque tem pecados veniais, ainda
que tenham aprendido no catecismo que a comunhão sacramental os perdoa. Além da
confiança, também pode haver algo de orgulho nisso, se no fundo pensam que a
comunhão é um prêmio para os perfeitos, quando na realidade é um remédio para
os pecadores.
Outro exemplo
de falta de confiança em Deus: “ceder à tentação de utilizar meios impuros
para vencer em uma guerra justa” (P. Calmel). Isso é exatamente o que se
passou e se passa com a FSSPX. Se quis fazer uso de meios menos retos ou
francamente retorcidos para conseguir a “normalização” ou “regularização” da
congregação e a conversão de Roma: violação da decisão do capítulo de 2006,
segredo indevido, expulsões injustas, diplomacia mundana, concessões inaceitáveis
em alguns pontos de doutrina, uso constante de uma linguagem confusa,
pusilânime, dúbia, ambígua, etc..
O Coração Imaculado de nossa Mãe está cheio de
confiança. A Ela, que tudo consegue de Deus, recorramos pedindo a santa
confiança mediante o Rosário diário.
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14º Domingo depois de Pentecostes
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
22 de Agosto - Festa do Imaculado Coração de Maria
Ato de Consagração ao Imaculado Coração de Maria
Pelo Papa Pio XII
Oh! Rainha do Santíssimo Rosário, auxilio dos cristãos, refugio do gênero humano, vencedora de todas as batalhas de Deus!
Ante vosso Trono nos prostramos suplicantes, seguros de impetrar misericórdia e de alcançar graça e oportuno auxilio e defesa nas presentes calamidades, não por nossos méritos, mas sim unicamente pela imensa bondade de vosso maternal Coração.
Nesta hora trágica da história humana, a Vós, a vosso Imaculado Coração, nos entregamos e nos consagramos, não apenas em união com a Santa Igreja, corpo místico de vosso Filho Jesus, que sofre e sangra em tantas partes e de tantos modos atribulada, mas sim também com todo o mundo dilacerado por atrozes discórdias, abrasado em um incêndio de ódio, vítima de suas próprias iniquidades.
Que vos comovam tantas ruínas materiais e morais, tantas dores, tantas angustias de pais e mães, de esposos, de irmãos, de crianças inocentes;
Tantas vidas cortadas em flor, tantos corpos despedaçados na horrenda carnificina, tantas almas torturadas e agonizantes, tantas em perigo de perderem-se eternamente.
Vós, Oh! Mãe de misericórdia, consegui-nos de Deus a paz; e, ante tudo, as graças que podem converter-se em um momento os humanos corações, as graças que reparam, conciliam e asseguram a paz.
Rainha da paz, rogai por nós e dai ao mundo em guerra a paz por quem suspiram os povos, a paz na verdade, na justiça, na caridade de Cristo.
Dai a paz das armas e a paz das almas, para que na tranqüilidade da ordem se dilate o reino de Deus.
Dai a paz das armas e a paz das almas, para que na tranqüilidade da ordem se dilate o reino de Deus.
Concedei vossa proteção aos infiéis e a quantos jazem ainda nas sombras da morte; concedeis a paz e fazei que brilhe para eles o sol da verdade e possam repetir com nós ante o único Salvador do mundo: glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
Dai a paz aos povos separados pelo erro ou a discórdia, especialmente a aqueles que vos professam singular devoção e nos quais não havia casa onde não se achasse honrada vossa venerada imagem (hoje quiçá oculta e retirada para melhores tempos), e fazei que retornem ao único redil de Cristo sob o único verdadeiro Pastor.
Obtende paz e liberdade completa para a Igreja Santa de Deus; contei o dilúvio inundante do neopaganismo, fomentai nos fiéis o amor à pureza, a prática da vida cristã e do zelo apostólico, a fim de que aumente em méritos e em número o povo dos que servem a Deus.
Finalmente, assim como foram consagrados ao Coração de vosso Filho Jesus a Igreja e todo o gênero humano, para que, postas nele todas as esperanças, fosse para eles sinal e prenda de vitória e de salvação;
De igual maneira, Oh! Mãe nossa e Rainha do Mundo, também nos consagramos para sempre a Vós, a vosso Imaculado Coração, para que vosso amor e patrocínio acelerem o triunfo do Reino de Deus, e todas as gentes, pacificadas entre si e com Deus, Vos proclamem bem-aventurada e entoem convosco, de um extremo a outro da terra, o eterno Magnificat de glória , de amor, de reconhecimento ao Coração de Jesus, no qual apenas se podem achar a Verdade, a Vida e a Paz.
Nossa capela pertence a vosso Imaculado Coração, Ó Maria Santíssima!
*
Três Ave-Marias para que o Papa consagre a Rússia ao Coração Imaculado de Maria
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Um agradecimento
Hoje, dia 21 de Agosto, gostaríamos de homenagear uma pessoa muito importante para o nosso apostolado, a Madre Jeanne d'Arc. Ela que desde o princípio de nosso apostolado esteve ao nosso lado nos apoiando e nos encorajando em defesa de Nosso Senhor e de Nossa Senhor completa hoje mais um ano de vida.
E neste ano, fomos nós quem ganhamos o presente! Em sua visita missionária a nossa humilde capela, local onde nos recolhemos para amar a Jesus e a Maria, a Madre e a Irmã Maria Madalena nos presentaram com um belíssimo Sacrário em madeira, feito pelo artesão sr. Gabriel Chaizé, que montou o seminário de La Reja e diversas Igrejas da Fraternidade.
Fotos da visita:
O sacrário é a nossa casa! Obrigado Madre e a Irmã Maria Madalena por este grande presente. Que Deus conceda a senhora muitos anos de vida nesta terra, com saúde e graça de Deus, e uma eternidade cheia amor para com a Santíssima Trindade e a Virgem Santíssima!
Que os seus padroeiros, São Luis Maria, Santa Teresinha e Santa Joana d'Arc, lhe abençoem, juntamente com o Imaculado Coração de Maria, nossa vida e nossa luz.
Postaremos aqui abaixo algumas fotos do encaixe do Sacrário no altar (faltam algumas correções):
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Quarenta horas pela França
Prezados amigos, convidamos a todos a estarem conosco aos pés de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus, Rei Soberano do Céu e da Terra, nos dias 06, 07 e 08 de Setembro, na preciosa e indulgenciada oração das Quarenta Horas, em memória do tempo em que Nosso Amado Redentor passou sepultado, primeiramente para crer por aqueles que não creem, adorar por aqueles que não adoram e amar por aqueles que não amam.
E juntamente em espírito de reparação suplicar a Ele a graça de ver a nação de Monsenhor Lefebvre - A França - se levantar contra as más orientações dadas pelos atuais superiores da Fraternidade, para maior glória de Deus e de sua Mãe Santíssima, pela glorificação da Igreja, salvação das almas e salvação desta barca que tem como padroeiro o Martelo dos Modernistas.
“Eu vos conferirei esta graça (a do episcopado), confiando que sem tardar a Sé de Pedro estará ocupada por um sucessor de Pedro perfeitamente católico entre as mãos do qual, vocês poderão depositar a graça de vosso episcopado para que ele o confirme.”
Monsenhor Lefebvre, Carta aos quatro futuros bispos, 28 agosto de 1987.
Jesus, ouvi-nos.
Jesus, atendei-nos.
Oremos: Senhor Jesus Cristo que dissestes: Pedi e recebereis; buscais e achareis; batei e abrir-se-vos-á,nos vos suplicamos que concedas a nós, que vo-lo pedimos, os sentimentos afetivos de vosso divino amor, a fim de que nós de todo coração e que esse amor transceda por nossas ações, sem que deixemos de vos amar. Permiti que tenhamos sempre, Senhor , um igual temor e amor pelo vosso santo nome; pois não deixais de governar aqueles que estabeleceis na firmeza do vosso amor.Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
Amem.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
A Confraria do Rosário
"Obtive de meu Filho que todos os membros da Irmandade do Rosário tenham por irmãos, durante a vida e na hora da morte, os santos do céu." Nossa Senhora ao Beato Alain de la Roche
A
Confraria do Rosário pretende responder – de acordo com a sua condição – aos
pedidos da Santíssima Virgem em Fátima. Rezando afim de que o Papa consagre a
Rússia ao Coração Imaculado de Maria pedindo aos bispos de todo o mundo que se
unam a ele, ela não esquece o que Nossa Senhora quis nos transmitir através de
irmã Lúcia, a saber, que “Deus dava os dois últimos remédios ao mundo: o santo
Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria, e sendo estes os dois
últimos remédios, isso significa que não haverá outros para ele¹.
Quanto
a meditação do terço, queremos dar-vos agora alguns conselhos a fim de que
produza o maior número de frutos possível:
- 1. O terço é mais
uma meditação do que recitação da Ave-Maria:
O
Rosário põe diante dos olhos 15 quadros evangélicos (os mistérios gozosos,
dolorosos e gloriosos). Eles não somente resumem toda a vida cristã mas também
encontramos neles a solução para todas as nossas dificuldades, por Nosso
Senhor, Nossa Senhora e São José mostram-nos neles como devemos reagir em todas
as circunstancias da nossa existência terrestre.
Meditar
estes mistérios consiste em revivê-los com o Coração de Maria, em pedir a Nossa
Senhora que nos faça penetrar a sua significação profunda, a fim de que
possamos reproduzi-los na nossa própria vida.
2. O
terço é uma oração de súplica
Digamos
com todo o nosso coração estas Ave Marias a fim de mover à compaixão Aquela que
a Igreja chama de onipotência suplicante. O terço é a oração mais eficaz depois
da Santa Missa e do breviário dos padres e dos religiosos. É mais poderosa do
que qualquer outra oração que possamos inventar. Quem poderia saudar a Rainha
do Céu com palavras mais belas do que as empregadas pelo arcanjo Gabriel? O que
é que pode com certeza tocar o Coração de Maria senão a oração que Ela própria
nos deu através do Seu servidor São Domingos?
Mas não
recitemos nunca as dezenas sem pedir qualquer coisa de preciso a Nossa Senhora.
Sem a graça de Deus, não chegaremos nunca a seguir Nosso Senhor e Nossa Senhora
no caminho do Céu, não chegaremos nunca a reunir-nos com Eles. É esta a graça
de Deus que nos é preciso implorar em cada dezena a fim de obter a virtude
relacionada ao mistério que meditamos. Peçamo-la para nós próprios, peçamo-la, para
o nosso próximo, não esquecendo nunca que o essencial é obter a nossa
santificação: “Procurai primeiro o Reino de Deus e o resto vos será dado por
acréscimo” (Mt 6,33)
3. Não
recitemos os nossos terços demasiado depressa:
“É um
dor de alma ver como a maior parte das pessoas rezam o seu terço ou o seu
rosário, diz São Luis-Maria Grignon de Montfort. Rezam-no com uma precipitação
espantosa e comem até uma parte das palavras. Não se desejaria fazer um
cumprimento desta ridícula maneira aos mais insignificantes dos homens, e
acredita-se que Jesus e Maria serão com ele honrados! Depois disso, pode
ficar-se espantado se as mais santas orações da religião cristã permanecem
quase sem nenhum fruto, e se, após mil e dez mil Rosários recitados, não se é
mais santo por eles? Parai, querido confrade do Rosário, com a vossa
precipitação natural ao recitar o vosso Rosário. […] Uma dezena dita
pausadamente ser-vos-á mais meritória do que milhares de Rosários recitados à
pressa, sem refletir, nem parar” (O Segredo do Santíssimo Rosário).
4. Como
tomar atenção ao mesmo tempo aos mistérios e às Ave Marias?
Sendo o
Rosário essencialmente uma meditação ou contemplação, não é necessário, durante
esta oração, refletir nas palavras dos Pater e Ave. Essencialmente o que é
preciso é meditar ou contemplar a cena evangélica tendo bem no fundo do coração
uma instante oração de pedido a fim de obter a graça de que seja Jesus Cristo
aquele que nós contemplamos.
5. Uma
dificuldade: as distrações.
Quando
começamos bem o nosso Rosário, e em seguida o nosso espírito nos escapa contra
nossa vontade, a nossa oração não perde dele todos os seus frutos. No entanto,
eles teriam sido maiores se nós nos tivéssemos aplicado melhor. Afastemos pois
resolutamente as distrações voluntárias que impedem o fruto da oração. Quanto
às distrações involuntárias, consequência da fragilidade da humana natureza,
afastemo-las docemente, pacientemente, como outras tantas moscas importunas.
Elas não tiram o fruto da oração, e, se nos assediam durante todo o tempo do
terço, não nos inquietemos com isso. Ofereçamos as nossas dificuldades a Nosso
Senhor e a Nossa Senhora, sirvamo-nos delas para conhecermos melhor a nossa
miséria, para nos humilharmos, e fiquemos em paz.
6.
Rezar o terço em comum:
“As
orações feitas em comum avantajam-se muito sobre as orações feitas em privado e
têm um poder muito maior” diz o papa Leão XIII. Em lugar duma pobre oração que
sobe para o Céu, é a forte oração de 5, 10, 20 pessoas em que o fervor de uns
compensa a maior dificuldade dos outros, e em que cada um tem o benefício da
oração de todos. Rezai pois o terço em família, suscitai grupos do terço ou
juntai-vos aos que já existem. E pois que sois membros da Confraria do Rosário,
uni os vossos terços aos dos outros membros não esquecendo nunca de rezar por
eles e pelas suas intenções, assim como pelas grandes intenções da Igreja. Vós
tornareis assim mais perfeita esta comunhão dos santos que vos une uns aos
outros nos quatro cantos do mundo, e formareis um pequeno exército ao serviço
do Imaculado Coração de Maria para avançar no dia do seu triunfo.
Os
padres dominicanos.
*
I - DEVER OU REGRA DOS CONFRADES
Não existe para os confrades um dever que
os obrigue sob pena de pecado. No entanto não podem gozar de todas as vantagens
da confraria se não recitarem todo o Rosário em cada semana. Tal é o seu único
dever. Aqueles que acidentalmente o descuidarem não deixam de pertencer à
confraria, mas privam-se de preciosas vantagens.
O Confrade pode ser membro duma outra
confraria (Irmandade do Santíssimo, Sagrado Coração, etc.) ou mesmo das outras
associações do Rosário: Rosário Perpétuo, Rosário Vivo, Cruzada do Rosário.
O terço quotidiano e mesmo o Rosário
quotidiano é o ideal para o qual se recomenda render progressivamente.
II - VANTAGENS DA CONFRARIA
1º - Proteção especial da Santíssima
Virgem: são inumeráveis os testemunhos da história que nos provam as graças e
os favores de toda a espécie, mesmo os milagres que os confrades obtiveram da
Rainha do Santíssimo Rosário (ex. a vitória de Lepanto, em 7 de Outubro de
1571).
2º - Participação nos bens espirituais
acumulados no tesauro comum por todos os confrades reunidos. Igualmente
participação nos méritos da grande família dominicana acumulados desde oito
séculos.
3º - Numerosas indulgências. Mais de
trinta papas enriqueceram a confraria com indulgências.
Exemplos de indulgências parciais: por recitação
do terço; todos os dias pelo fato de trazer constantemente consigo um terço
"rosariado"; pela visita a um confrade doente.
Um esclarecimento a respeito dos terços
bentos: qualquer padre pode benzer o seu terço utilizando a fórmula própria dos
Frades Pregadores, que se encontra no ritual romano (Benedictio coronarum
sacratissimi Rosarii B.M.V)., Appendix nº35).
III - GRAUS DA CONFRARIA
1º GRAU: MEDITAÇÃO DIÁRIA DOS QUINZE MISTÉRIOS DO
SANTÍSSIMO ROSÁRIO
2º GRAU: MEDITAÇÃO DIÁRIA DO SANTO TERÇO
3º GRAU: MEDITAÇÃO SEMANAL DO SANTO ROSÁRIO
Requisito mínimo: Os candidatos devem se propôr na oração de no mínimo três terços por semana, por toda a vida.
__________________________________________________________________
A sede mundial da Confraria Tradicional do Santo Rosário
está localizada no Convento dos Frades Dominicanos, em Avrillé - FRANÇA.
está localizada no Convento dos Frades Dominicanos, em Avrillé - FRANÇA.
Convento de la Haye-aux-Bonshommes
F. - 49240 Avrillé
*
Entre em contato e solicite sua inscrição
Correspondente no Brasil
Cooperadores de Maria Imaculada
Contato: confrariadorosario@hotmail.com
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Sermão da Solenidade da Assunção - 18/08/2013
Rev. Padre René Trincado
Dado
que celebramos hoje a solenidade da Assunção da Santíssima Virgem Maria,
diremos algo acerca do Santo Rosário.
Relata-se
no livro do Êxodo (17, 8-13) a primeira batalha que os hebreus tiveram depois
da saída do Egito: Ora Amalec veio e pelejava contra Israel em Rafidim. E
Moisés disse a Josué: Escolhe homens e vai combater contra Amalec; amanhã
estarei no cimo da colina, tendo na minha mão a vara de Deus. Fez Josué como
Moisés tinha dito, e combateu contra Amalec; e Moisés e Arão e Hur subiram ao cimo
da colina. E, quando Moisés tinha as mãos levantadas, Israel vencia, mas, se as
abaixava um pouco, Amalec levava vantagem. Ora os braços de Moisés estavam
fatigados; tomando portanto uma pedra, puseram-na por debaixo dele, na qual se
sentou; e Arão e Hur sustentavam-lhe os braços de ambas as partes. E aconteceu
que os seus braços não se fatigaram até ao pôr do sol. E Josué pôs em fuga
Amalec e a sua gente, e os passou ao fio da espada.
A mão
levantada de Moisés significa a oração. O resultado da batalha não dependia
tanto do valor dos soldados de Josué como da oração de Moisés, que deveria
manter os braços em forma de cruz sobre essa colina, como Cristo naquela outra,
do Calvário. Se queremos combater o bom combate pela fé, que é a ação na
qual estamos empenhados, os que formam parte da Resistência, devemos rezar
muito. Devemos manter ao alto as mãos de Moisés por meio de nossos Rosários.
A
intenção atual das autoridades da FSSPX é alcançar a paz com os amalecitas, com
os inimigos que devem ser combatidos. Tornou-se tíbio o santo amor à verdade e
tornou-se tíbio o santo ódio ao erro. Por isso, renunciou-se ao princípio de
que não pode haver acordo prático sem a prévia conversão de Roma,
substituindo-o por seis condições para submeter a Fraternidade ao poder dos
liberais destruidores da fé. Como se chegou a esse desastre? A atual crise
da Tradição se debe, talvez, à falta de oração e de seu necessário
complemento, a mortificação. Rezemos nós, então, muitos Rosários. Mas para não
sermos tal qual fariseus que combatem
pela fé esquecendo-se da caridade, tenhamos sempre presente aquela outra guerra
que é o primeiro dever de cada um de nós: a batalha que cada qual luta contra
si mesmo por sua almam. Se queremos ganhar a guerra por nossas almas,
devemos rezar muito. O que reza se salva, o que não reza se condena, dizia
Santo Afonso. E agregamos: o que reza muito se santifica e salva muitos.
Rezemos muitos Rosários.
Diz a
Irmã Lúcia de Fátima: Depois da oração litúrgica do Santo Sacrifício da
Missa, a oração do Santo Rosário é a mais agradável que podemos oferecer a Deus
e a de maior proveito para nossas almas. Se assim não fosse,
Nossa Senhora não o haveria recomendado com tanta insistência (“Apelos da
Mensagem de Fátima” [livro da Irmã Lúcia]). Nem sempre podemos assistir a
Missa, mas podemos sempre rezar o Rosário.
São
Luís Maria Grignion de Montfort afirma que a Santíssima Virgem revelou que é sinal
provável de condenação ter negligência, tibieza e aversão à Ave Maria; e que os
que, ao contrário, sentem devoção a esta oração possuem um grande sinal de
predestinação. Sempre se observou, diz ainda, que os que levam o sinal
da condenação, como os hereges, ímpios, orgulhosos e mundanos, odeiam e
depreciam a Ave Maria e o Rosário. Não tenho melhor segredo para conhecer se
uma pessoa é de Deus que observar se gosta de rezar o Rosário.
Em
Fátima, o anjo de Portugal disse: Rezai! Rezai muito! Os corações de
Jesus e de Maria tem sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei
constantemente orações e sacrifícios ao Altíssimo! Nossa Senhora
reiteradamente nessas aparições incitou a reza do Rosário, como quando disse: Rezai,
rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores. Muitas almas se condenam
porque não há quem reze ou faça sacrifícios por elas. E na última
aparição, em 13 de outubro de 1917, disse Nossa Mãe: Eu sou a Virgem do
Rosário. Desejo que nesse lugar me construam um templo e que rezem
todos os dias o Santo Rosário. Devemos, então, rezar muitos Rosários.
Veja
bem, em português a palavra “Rosário” significa o Rosário completo, com suas 3
coroas, com seus 15 mistérios. Para designar a terceira parte ou uma corona do
Rosário (5 mistérios ou dezenas), as pessoas de língua portuguesa dizem
“terço”, isto é, “a terça parte”. De acordo com isso, parece que o Céu quer
idealmente que rezemos o Rosário completo, como se fazia em tempos de maior
fervor. Aquele que reza todo dia ao menos uma terça parte do Rosário é um
verdadeiro devoto e filho de Maria, e faz muito bem, mas aquele que reza os 15
mistérios demonstra maior devoção, maior amor, reza muito e faz um bem imenso.
Ânimo, pois é possível: podemos rezar o Rosário por parte ao longo do dia, indo
e vindo entre a casa e o local de trabalho ou estudo, no carro (em vez de ouvir
rádio), enquanto se cozinha, se costura ou se varre, rezando as contas
mentalmente. É possível organizar-se de maneira que ao final do dia tenhamos
rezado os 15 mistérios. Como seja, uma coisa é certa: nunca nos
arrependiremos de ter rezado mais Rosários; ao contrário, disso nos alegraremos
eternamente.
Disse
São Luís Maria Grignion que o Rosário é composto de três coroas de cinco
dezenas cada uma, com o fim: 1º de honrar as três pessoas da Santíssima
Trindade; 2º de honrar a vida, a morte e a glória de Jesus Cristo; 3º de imitar
a igreja triunfante, ajudar a peregrinante e aliviar a paciente; 4º de imitar
as três partes do saltério, a primeira das quais relaciona-se à via purgativa;
a segunda, à vida iluminativa; a terceira, à via unitiva; 5º de encher-nos de
graça durante a vida, de paz na hora da morte e de glória na eternidade. E
agrega o santo: Rogo-os, pois, com a maior insistência e pelo amor que os
professo em Jesus e Maria, que rezeis... se tivéis tempo, os quinze mistérios
todos os dias. À hora da morte bendizereis o dia e a hora em que aceitastes meu
conselho. E, depois de terem semeado nas bençãos de Jesus e de Maria, colhereis
as bençãos eternas.
Rezemos
muitos Rosários. São Domingos exorcizou uma vez um herege possesso por 15.000
demônios. Eles, obrigados a responder as perguntas do santo, confessaram, com
desgosto, o seguinte: ninguém que perseverar na reza do Rosário se
condenará.
E
ouçam esta promessa impressionante. Diz São Luís Maria Grignion de Montfort: creiam-me
que receberão a coroa que não murchará jamais (se salvarão) se se
mantiverem fiéis em rezar (o Rosário) devotamente até a morte...
Ademais, a enormidade de seus pecados, ainda que estiverem à beira do abismo...
se converterão cedo ou tarde e se salvarão, sempre que, repito, rezarem
devotamente todos os dias até a morte o Santo Rosário com o fim de conhecer a
verdade e alcançar a contrição e o perdão dos pecados.
E
termino com uma assombrosa citação de Irmã Lúcia: Nestes últimos tempos
em que vivemos, a Santíssima Virgem deu uma eficácia nova à oração do Santo
Rosário, de tal modo que não há problema, por mais difícil que seja, temporal
ou sobretudo espiritual, na vida pessoal ou familiar, ou na vida dos povos e
das nações, que não se possa resolver por meio do Rosário. Com o Santo Rosário
nos salvaremos, consolaremos a Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas
almas.
Estimados
fiéis: rezemos muitos Rosários. Empunhemos cada dia essa arma divina,
milagrosa e toda-poderosa que é o Santo Rosário.
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Sermão da Solenidade da Assunção - 18/08/2013
domingo, 18 de agosto de 2013
A verdadeira Jornada Mundial da Juventude
Um milhão de pessoas, dentre eles jovens de 25 nações, se reúnem em 1955, no Brasil, para o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional
Santas Missas e várias outras cerimônias fizeram o extraordinário XXXVI Congresso Eucarístico Internacional, os fiéis compareciam em massa à Praça do Congresso. O número deles ultrapassava com facilidade a casa dos centenas de milhares!
Desde a chegada do Santíssimo Sacramento vindo de barco de Niterói (público estimado de 500 mil pessoas), a benção dos doentes (5 mil receberam essa benção), a chegada e procissão da imagem de Nossa Senhora Aparecida, o cortejo de Nossa Senhora de Fátima (imagem doada pelo governo de Portugal) até o encerramento do Congresso que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas, os fiéis brasileiros e estrangeiros participaram em massa dos 7 dias do evento. Uma das maiores multidões católicas reunidas em um evento em todos os tempos (Não esqueçam a data: 1955!).
Nas fotos abaixo podemos ter uma noção da quantidade de pessoas que lotou a Praça do Congresso.
Nosso Senhor chegou triunfalmente trazido pelo barco da Marinha de Niterói, sob as luzes dos holofotes do Exército e fogos de artifício.
Confiram abaixo algumas fotos colhidas em acervos da internet:
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