sexta-feira, 31 de maio de 2013

RAMALHETE ESPIRITUAL: MONSENHOR RICHARD WILLIAMSON - 25 ANOS DE FIDELIDADE


Tradução: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória/ES
Em união com a excelente iniciativa do blog amigo Non Possumus


Vos louvamos e vos damos graças, Ó Deus Senhor Nosso, Uno e Trino, único Deus verdadeiro, porque nos deu um bispo fiel por estes vinte cinco anos, fiel, porque nos deixou de combater pela verdade e pela instauração do Reinado Social de Cristo, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores.

Vos louvamos e vos damos graças, Mãe nossa, Virgem Rainha dos Céus e da terra, onipotência suplicante, que vos dignastes dar-nos a graça de ter um bispo que serve a única causa católica legítima, a da Tradição. Graça enorme que nos vós nos concedestes, que sois a Mediadora de todas e cada uma delas.

Graças também por nos haver dado o grande arcebispo, Monsenhor Williamson Lefebvre, modelo de sabedoria e de caridade, coluna da reta doutrina, quem com heroísmo tamou baixo de suas costas a defesa da Fé, opondo-se ao mesmo Papa, para obedecer a Deus antes que aos homens, e quem nos deixou, há 25 anos, 4 bispos para que continuassem na luta empreendida por ele.

Desgraçadamente em nossos dias sucedeu o mesmo que nos tempos de Monsenhor Lefebvre. Os superiores da FSSPX abandonaram os princípios firmemente estabelecidos por seu fundador. Se deixaram contaminar pela Roma conciliar e apóstata. Da declaração de novembro de 1974 se passou a Declaração de 15 de abril de 2012.

Mas um bispo, dos 4 consagrados, obedeceu a lei de Deus que o mandava cumprir com seu dever de sucessor dos Apóstolos, pregando a sã doutrina, uma doutrina não comprometida com o erro. Isso lhe valeu sua injusta expulsão da FSSPX. Mas como Monsenhor Williamson sempre afirmou, com a verdade, que sua excomunhão foi inválida e seguia pertencendo a verdadeira Igreja de Cristo, assim Monsenhor Williamson segue pertencendo a verdadeira FSSPX, a fundada com os princípios 100% católicos e contra revolucionários de Monsenhor Lefebvre.

Ao cumprir-se os 25 anos de sua Consagração Episcopal, e em virtude que será esquecido e renegado nas celebrações oficiais, é de justiça agradecer a Deus pelo grande bem que se dignou outorgarmos com sua Consagração Episcopal. É por isso que convidamos a todos os fiéis de boa vontade, a oferecer um ramalhete espiritual a Deus por Monsenhor Williamson. Se os senhores assim decidirem, podem enviar-nos seu ramalhete a nosso correio eletrônico (npossumus@gmail.com) para fazê-lo chegar a Monsenhor Williamson no dia de seu aniversário. Se não desejam enviar-lo por questões de privacidade, é muito compreensível, o importante é rezar por Monsenhor e que Deus recebe nossa oferta e agradecimento.

Viva Cristo Rei!
Viva Nossa Senhora de Guadalupe!
Viva Monsenhor Lefebvre!

Viva Monsenhor Williamson!







Sermão do Revmo. Padre René Trincado Festa de Corpus Christi México, 30 de Maio de 2013

Sermão do Revmo. Padre René Trincado
Festa de Corpus Christi
México, 30 de Maio de 2013


Tradução: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória/ES
Observações à tradução: capela@nossasenhoradasalegrias.com.br

Nesta grande festa de Corpus Christi é conveniente recordar, ainda que seja de modo muito sintético, uma das principais verdades relativas a Eucaristia: a presença real de Cristo na Eucaristia.

Ensina a igreja que a Eucaristia é um sacramento no qual, pela conversão do pão no Corpo de Jesus Cristo e do vinho no Sangue, se contém verdadeira, real e substancialmente, o corpo, o sangue, a Alma e a Divindade do mesmo Jesus Cristo, debaixo das espécies (aparências) do pão e do vinho.

Se contém – diz o catecismo – o Corpo de Cristo, mas não só seu Corpo, senão também seu Sangue. E não somente o físico ou material de Cristo homem (Corpo e Sangue), senão que também se contém o não material do homem: a Alma. Corpo, sangue e alma são as três coisas que compõem a todo homem, são a humanidade, neste caso, a Humanidade de Cristo; mas além de sua Humanidade, neste sacramento e se contém a Divindade: não somente está presente como homem, senão também como Deus.

Na Eucaristia está verdadeiramente presente o mesmo Jesus Cristo que está no céu e que na terra nasceu da Santíssima Virgem.

A hóstia, antes da consagração, é pão de trigo. Mas depois da consagração, ela é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo as aparências de pão. No cálice, antes da consagração, há vinho de uvas com umas gotas de água. Mas depois da consagração está no cálice o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo as aparências de vinho.

A conversão do pão no Corpo e do vinho em Sangue de Jesus Cristo se produz quando na Santa Missa o sacerdote pronuncia as palavras da consagração. Esta milagrosa conversão, se chama transubstanciação.

Aqui esta uma breve síntese da doutrina católica sobre a presença real.

Contra a verdade salvadora, o demônio, que sempre pretende destruir a obra redentora de Cristo, colocou dentro da mesma Santa Igreja esses homens infernais, esses ministros do diabo que são os hereges modernistas.

A besta modernista nasce ao fim do século XIX, é derrotada por São Pio X, se retrai, ferida gravemente mas não morta, à suas tocas subterrâneas até o Vaticano II, e é neste conciliábulo onde novamente levanta sua venenosa cabeça, apoderando-se de Roma e de toda a hierarquia católica até o presente. Por isso o Vaticano II  é a maior derrota da Igreja em toda a história, porque por meio dele, coisa nunca vista nem imaginada – uma heresia alcançou infeccionar todo o Corpo Místico de Cristo, desde o Papa até os leigos.

Suscitados pelo inimigo do gênero humano, jamais faltaram -  diz São Pio X na encíclica Pascendi – homens de linguagem perversa, inventores de novidades e sedutores, caídos no erro e que arrastam ao erro. Mas é preciso reconhecer que nestes últimos tempos cresceu, de modo estranho, o número destes inimigos da Cruz de Cristo, os quais, com artes inteiramente novas e cheias de perfídia  se esforçam em aniquilar as energias vitais da Igreja, e até por destruir totalmente, se lhes fosse possível, o reino de Jesus Cristo. São os piores inimigos da Igreja, sigo citando o Papa santo – porque eles tramam a ruína da Igreja, não desde fora, senão desde dentro.

E assim, para os hereges modernistas, a Eucaristia é somente um sinal de uma certa presença espiritual de Cristo: Cristo está presente de maneira espiritual ou simbólica na hóstia consagrada, A hóstia consagrada não é Cristo, senão que simboliza a Cristo, como a bandeira não é a Pátria senão que simboliza a Pátria.

Se os hereges modernistas moderados (chamados “conservadores”) seguem falando de transubstanciação, de acordo a seu acostumado e astuto proceder, trocam mais ou menos sutilmente o sentido deste termo. Os hereges modernistas mais extremos (conhecidos como “progressistas”) já não falam de transubstanciação senão de transfinalização, pretendendo que depois das palavras da consagração, somente haja um pão com um fim distinto; ou falam de transignificação, para expressar que depois da consagração há um pão com um significado distinto.

Me limitei a dar somente um par de exemplos dos erros com os quais os modernistas tentam destruir a fé sobre este Sacramento, somente dois entre muitíssimos escorregadios tentáculos e as mil caras (algumas, as vezes, bastante simpáticas) da maldita besta modernista.

Estimados fiéis: sempre a prudente distância desta peste e dos que a espalham, nós defendemos a verdade sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, mantenhamos a fé da Igreja sobre este sacramento até o fim, tendo em conta aquelas graves palavras do Credo de Santo Atanásio: “todo aquele que queira salvar-se, antes de tudo é preciso manter a fé católica, e o que não guardar íntegra e inviolada sem dúvida perecerá para sempre.”


Que a Virgem Santíssima, a destruidora de todas as heresias, conserve íntegra e inviolada a fé nas almas destes meninos que em uns minutos receberão a Cristo Sacramentado. Que dê sabedoria a seus pais para saberem educá-los cristãmente e conduzi-los ao céu em um mundo cada vez mais anticristão. Que a todos nos preserve de cair nas redes do erro e da heresia. E que esmague a serpente modernista que desde o fatídico Vaticano II está envenenando as almas católicas.





terça-feira, 28 de maio de 2013

Sermão do Padre René Trincado Domingo da Santíssima Trindade México, 26 de Maio de 2013

Sermão do Padre René Trincado
Domingo da Santíssima Trindade
México, 26 de Maio de 2013


Tradução: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória/ES
Observações: capela@nossasenhoradasalegrias.com.br


A GUERRA NÃO É VOSSA MAS SIM DE DEUS


Houve um rei de Judá, chamado Josafat, que governou com temor de Deus. É muito elogiado por muitas obras santas que fez, como, por exemplo, quando se diz na Escritura que “varreu da terra o resto dos efeminados que haviam ficado do tempo de sua pátria Asá” (1 Reis, 22-47).

Em certa ocasião o Reino de Judá se viu gravemente ameaçado por uma aliança poderosa das nações vizinhas, humanamente impossível de vencer. O Rei Josafá, muito angustiado, suplicou o auxilio divino diante de todo o povo. Ao finalizar sua oração, um profeta chamado Jahaziel, se levantou e disse: “Ouvi, toda Judá, e vós moradores de Jerusalém, e tú, rei Josafá. O Senhor os disse: não temais nem se amedronteis diante desta tão grande multidão, porque a guerra não é vossa senão de Deus. Não temais nem desanimeis; marchai contra eles porque o Senhor está convosco” (2 Cron. 20 15,17). Cheio de valor, de confiança em Deus, e desprezando os meios puramente humanos, marchou o rei na cabeça do seu pequeno exército contra os poderosos inimigos, e estes foram esmagados por obra de Deus. A guerra não era sua, era de Deus.

A ORDEM DE BATALHA DE CRISTO

No Evangelho de hoje, festa da Santíssima Trindade, nos diz Nosso Senhor: “Ide e ensinai a todas as gentes batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: ensinando-as a observar todas as coisas que os hei mandado: e olhai que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos”.

Dado que o diabo se opõe sempre a extensão do Reino de Deus, com essas palavras Cristo nos deu uma verdadeira ordem de batalha, pois ir a conquistar para Ele todas as gentes, implica marchar contra todos os demônios e seus exércitos humanos. Por isso a Igreja dos vivos se chama “militante”, é dizer, combatente, e Santo Eusébio, comentando este Evangelho, diz que Nosso Senhor, fazendo-nos exército do Reino dos Céus, nos dispôs para a guerra contra os inimigos.

São João Crisóstomo assinala que Cristo veio dar início a guerra católica e que por isso manifestou desde um começo a classe de combate que havíamos de sustentar, mais terrível que toda guerra civil. E, por sua parte, São Jerônimo diz sobre este Evangelho, que Nosso Senhor, ao prometer estar conosco, seus discípulos, até o fim dos tempos, indica que venceremos sempre.

Se a guerra é de Deus e não nossa, não devemos buscar, para livrar-se dela, socorros humanos, senão que devemos aderir por inteiro a fé. Quanto menos buscarmos os apoios terrenos – diz Santo Ambrósio – mais encontraremos os auxílios divinos.

VATICANO II: A PAZ DO DIABO

Pois bem, depois de quase vinte séculos de guerra, de resistência da Igreja entre duros combates, finalmente veio o demônio com sua obra mestra, o Concílio Vaticano II, a converter em letra morta a ordem de batalha de Cristo: o liberalismo, batizado no concílio, acabou com a guerra: se assinou por fim a paz com o demônio, com o mundo e com a carne.

Se existe direito a não ser católico, a liberdade religiosa e de consciência, como ensinam os maçons e os documentos conciliares: se fora da Igreja há salvação, se não há inferno ou está vazio, como pretendem os modernistas; para que ir batizar e evangelizar? Para que ir combater? Melhor ir dialogar para corrigir os meros maus entendidos que impedem a realização da paz mundial, dessa unidade dos homens não fundada em Cristo, que é o novo fim da Igreja, segundo os liberais e os hereges modernistas. O santo espírito missionário foi destruído pelo concílio, e seu lugar foi usurpado pelo diálogo ecumênico que não é outra coisa que a continuação daquele diálogo catastrófico entre Eva e a serpente.

SE DERRUBA DESDE DENTRO O ÚLTIMO BASTIÃO

Contra este engano diabólico se levantou nosso fundador, Monsenhor Lefebvre, mas 40 anos depois vemos que a congregação que lutava gloriosamente contra o liberalismo, está abandonando gradualmente a trincheira, está deixando paulatinamente de combater e está mendigando migalhas a seita conciliar.

Perdida a esperança na conversão de Roma pelo poder divino – coisa que parece impossível aos que deixaram de confiar inteiramente em Deus – e esquecendo que esta guerra não é dos homens senão de Deus; se busca um auxílio humano, uma aliança adúltera com os liberais moderados, a ajuda de uns supostos “novos amigos em Roma” (Cor Unum 101), se pretende um acordo de paz com o inimigo (esteve a ponto de firmar-se no ano passado), se pensa que estando na estrutura oficial, converteremos os modernistas e restauraremos a Igreja. Mas tudo isto não é mais que uma horrorosa ilusão, e esta ilusão está fazendo baixar os braços aos que combatiam valorosamente por Cristo: “Não se vem já na Fraternidade os sintomas dessa diminuição na confissão da Fé?” diziam os três bispos ao Conselho Geral na carta de 7 de abril do ano passado. O combate diminui, o diálogo aumenta. Mas o conciliador termina conciliar.

NÃO VIM TRAZER PAZ SENÃO ESPADA

Contra esses sonhos pacifistas tão característicos dos liberais, estão as palavras eternas de Cristo: “Não vim trazer paz, senão a espada [ou divisão]” (Mt. 10, 34; Lc 12,51). Uma é a espada da paz do mundo; outra é a paz de Cristo. “Vos deixo a paz, minha paz dou-Vos; não como o mundo no-la dá, Eu dou-Vos. Não se perturbe o vosso coração, nem tenhais medo” (Jo. 14, 27).

Há uma paz boa e há uma paz má. E há uma divisão boa e uma divisão má. A paz segundo o mundo é a união dos homens para o bem ou para o mal, “a paz de Cristo é a união que Ele estabelece entre o Céu e a terra por sua Cruz” (Col. 1), diz São Cirilo citando São Paulo, e agrega que é má a paz quando separa do amor divino. E São João Crisóstomo, falando da boa espada ou divisão, diz que o médico, a fim de conservar o resto do corpo, corta o que tem por incurável. E acrescenta que uma divisão boa terminou com a má paz que havia na torre de Babel e que São Paulo, por sua vez, dividiu a todos os que se haviam unido contra ele (Atos 23), porque nem sempre a concórdia é boa e os ladrões também se unem [para fazer suas delinquências]  

Estimados fiéis: o fumo de Satanás, o liberalismo, entrou na Tradição por uma greta aberta desde dentro. Por isso agora se busca uma paz que não é de Cristo.

DEUS DECLAROU GUERRA

De Deus, e tanto assim que é a única guerra declarada por Deus. Em efeito, ensina São Luis Maria Grignon de Montfort em seu “Tratado da Verdadeira Devoção”, que “Deus não fez nem formou nunca mais que uma só inimizade – e inimizade irreconciliável -, que durará e aumentará até o fim; e é entre Maria e o diabo; entre os filos e servidores da Santíssima Virgem e os filos e sequazes de Lúcifer”.
 
E disse Deus: “Eu porei inimizades entre ti e a mulher e entre tua descendência e a dela (Gen. 3,15). Aí está a declaração de guerra. É Deus quem declarou a guerra. É sua guerra, não é nossa. Nosso dever é combater sem pretender colocar fim a essa guerra. Não temos direito a fazer a paz. Não temos direito a nos render. Temos o dever de guerrear. “Aos soldados cabe combater e a Deus dar a vitória”, dizia Santa Joana d’Arc.

Sendo assim, nenhum homem deve pretender fazer uma trégua com os liberais inimigos de Cristo, nem negociar um acordo de paz com os destruidores da Igreja, nem aceitar uma paz decretada pelos que – em quanto hereges modernistas – são soldados do diabo. Isso tem um nome: traição. E quem o busque ou está disposto a aceitar essa paz também tem um nome: traidor.

Que pela intercessão de nossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, Deus nos conceda seguir as pegadas de todos os mártires e de todos os santos, e receber do Céu a ferrenha resolução de combater até o fim e a graça de morrer antes de trair.

“Ouvi, toda Judá, e vós moradores de Jerusalém, e tú, rei Josafá. O Senhor os disse: não temais nem se amedronteis diante desta tão grande multidão, porque a guerra não é vossa senão de Deus.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Apostasia contra a Igreja 1517, contra Cristo 1717 e contra Deus 1917.

Padre Gérard Mura, "Fátima Roma Moscou"

Há meio milênio os combates liderados pelo mundo contra a verdade da Igreja Católica conduziram a erros cada vez mais profundos e perigosos, desencadeando até as revoluções. É muito interessante notar que os processos históricos mais fundamentais da era moderna se deram em três fechas semelhantes: nos anos 1517 (protestantismo), 1717 (maçonaria) e 1917 (comunismo), nos que se manifesta, no Ocidente, um avanço verdadeiramente sistemático da apostasia da verdade de Deus, que irradia desde ali a todo o mundo.

Jesus Cristo disse a seus Apóstolos: “Como me enviou meu Pai, assim Eu vos envio”. Nesta palavra de Cristo teremos três níveis: o Pai – Cristo – os Apóstolos (a Igreja). O Pai envia a Cristo. Cristo envia os apóstolos. Cristo diz: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rechaça, a mim rechaça, agora bem, quem me rechaça, rechaça aquele que me enviou” (Lc. 10, 16) 1. E justamente nestes três passos, teve lugar a apostasia da Verdade durante os últimos séculos: apostasia contra a Igreja Católica (1517), apostasia contra Cristo (1717), e apostasia contra Deus (1917). Este desenvolvimento é de todo conseqüente e, em seu avanço é, em certo sentido, necessário. Aquele que rechaça aos enviados de Cristo, os sucessores dos Apóstolos (é dizer a Igreja Católica), rechaça conseqüentemente também a Deus Pai. A história do último meio milênio confirmou assim, e de maneira aterradora, estas palavras de Cristo.

Em 1517, com a publicação das teses de Lutero, se marca, ao menos exteriormente, o começo decisivo do protestantismo. Dos dois “envios” mencionados Lutero reconhece somente um: a mediação de Cristo para com Deus, mas não a mediação da Igreja para com Cristo. Daqui as sentenças programáticas de Lutero. “Somente as Escrituras” e não o Magistério da Igreja; “Somente a graça” e não a mediação através do sacerdócio e dos sacramentos. “Somente Deus” e nenhuma mediação através dos Santos do Céu.

Em 1717, com a fundação da maçonaria na Inglaterra, se marca a seguinte etapa da apostasia. O rechaço absoluto da revelação de Deus dentro deste mundo. Como a encarnação de Jesus Cristo constitui o ponto culminante da revelação de Deus, será especialmente rechaçada. A filosofia maçônica não é ateia: Portanto, os maçons não são ateus, senão que defendem o deísmo (Deus já não atua mas no mundo depois da Criação) e por o agnosticismo (é impossível conhecer a verdade), e no campo da ética postulam, conseqüentemente, o liberalismo (liberdade em todos os âmbitos no lugar da autoridade ou lei). Aqui se vê a realização do primeiro passo antes mencionado: “Quem a vós rechaça, rechaça a Mim”. Assim como Lutero rechaçou a mediação da Igreja, assim também rechaçam os maçons a Cristo e com Ele, toda mediação ou ponte para Deus. É por isso que sustentam o deísmo, que rechaça a priori não somente a Divina Providência e a possibilidade dos milagres, senão também toda autoridade divina.

Em 1917, com o surto do comunismo, se marca a terceira etapa nesta revolução social contra Deus. Já que desde 1717 se há negado categoricamente a atuação de Deus no mundo e qualquer intervenção sua depois da criação, chegamos como conseqüência ao ultimo passo: ao perfeito ateísmo e antiteísmo. O comunismo é, efetivamente, em essência, um ateísmo social combativo. Não é, em nenhum caso, um sistema meramente econômico ao que se agrega somente externamente ao ateísmo. O comunismo se conecta com a Revolução Francesa, especialmente através de Rousseau. Também entre a maçonaria e o protestantismo existe uma clara relação fácil de deduzir vendo quem hão sido seus artífices: os dois principais fundadores da maçonaria são Jean Théophile Désaguliers e James Anderson, um pastor protestante e o outro teólogo protestante.

“Quem me odeia, odeia também a meu Pai” (Jo. 15, 23). O segundo nexo conseqüentemente traçado claramente por Cristo se faz realidade aqui. Esta última conseqüência que chega até o ódio de Deus, se mostra claramente no comunismo e de modo muito combativo. Se havia anunciado na maçonaria mais avançada. “Quem nega o Filho, tampouco tem o Pai” (1 Jo. 2 ,23)

Todos estes erros da Era Moderna não permaneceram somente no plano teórico, senão que transformaram a vida da humanidade e da sociedade em todos os aspectos. Conduziram necessariamente  a uma perseguição de cristãos sem precedentes. De acordo a recentes declarações russas, 200.000 sacerdotes e religiosos (católicos e ortodoxos) pereceram vítimas do terror stalinista: fuzilados, enforcados, crucificados ou expostos a morrerem congelados.

Martillo e hoz não se limitaram somente a derramar o sangue de mártires senão que também aplicaram a seus povos subjugados, sem o menor escrúpulo, medidas de terror de uma violência e crueldade monstruosas. Segundo as prudentes estimativas dos autores do “Livro Negro do Comunismo” a ereção de uma utópica visão da sociedade sem classes sociais custou em redor de 100 milhões de vitimas humanas 2: 20 milhões de mortos na União Soviética; 65 milhões na China; 1 milhão no Vietnã; 2 milhões na Coréia do Norte; 2 milhões no Camboja; 1 milhão na Europa do Leste, 150.000 mortos na América Latina; 1,7 milhões na África e 1,5 milhões no Afeganistão, no qual soma quase 100 milhões de vítimas humanas. Estes massacres se levaram a cabo de três maneiras diferentes: mediante execuções de todo tipo como fuzilamento, forca, afogamento, espancamento, envenenamento, câmaras de gás; por fomes intencionalmente provocadas ou não evitadas deliberadamente e por deportações, seja por prolongadas marchas a pé, já por fome, enfermidade ou frio dentro de vagões de transporte de gado, já por esgotamento em trabalhos forçados. O intento ateu de estabelecer um céu sem Deus aqui na Terra conduz sempre ao Inferno.

A Santa Igreja, prevendo as conseqüências das explosivas idéias marxistas, condenou o sistema comunista já com 71 anos antes do estalar da Revolução de Outubro de 1917. Assim, no ano 1846, o Beato Papa Pio IX levanta a voz através de sua encíclica “Qui Pluribus”, condenando “a nefanda doutrina do comunismo contrária ao direito natural que, uma vez admitida, lança por terra os direitos de todos, a propriedade e a mesma sociedade humana”. 3 Pio IX reafirma depois esta reprovação no Syllabus. 4

Leão XIII, seu predecesor, na Encíclica Quod Apostólici Muneris, desmascara o comunismo como “mortal pestilência que se infiltra pelos membros íntimos da sociedade humana e a conduz a um extremo perigoso”. 5

Também Pio XI dedica uma Encíclica inteira a condenar e advertir somente contra: “o comunismo bolchevique e ateu que tende a derrubar o ordem social e socavar os fundamentos mesmos da civilização cristã (...) contrapondo a estes falsos princípios a luminosa doutrina da Igreja e inculcando de novo com insistência os meios com que a civilização cristã, única “civitas” verdadeiramente “humana” pode liberar-se deste satânico açoite e desenrolar-se melhor para o verdadeiro bem estar da sociedade humana." 6

O erro do comunismo o leva, em sua exigência absoluta e exclusiva, a pretender não somente uma reforma social, senão, e isso desde o primeiro momento a promover uma revolução mundial para alcançar o poder mundial total.

Insistindo no aspecto dialético de seu materialismo, os comunistas sustentam que os homens podem acelerar o conflito que conduziu o mundo para a síntese final. Daí seus esforços por fazer mais agudos os antagonismos que surgem entre as diversas classes da sociedade; a luta de classes, com seus ódios e destruições, toma o aspecto de uma cruzada pelo Cruzada pelo progresso e a humanidade. Em troca, todas as forças, sejam as que foram, que resistam a essas violências sistemáticas, devem ser aniquilados como inimigos do gênero humano. 7

É interessante constatar a coincidência quase exata entre os cinco meses das aparições de Nossa Senhora em Fátima (desde o 13 de maio de 1917ª 13 de outubro de 1917) e o tempo dos preparativos revolucionários de Lenin em Rússia. Os meninos videntes, naquela época, não podiam sabê-lo. A respeito, o Padre Josef Schweigl, SJ escreve:

Em 16 de abril voltou Lênin de seu exílio e começou de imediato sua luta contra o governo liberal. Já depois de três meses havia ganhado tal influência que podia arriscar uma primeira tentativa de revolução. Em 17 de julho, alguns dias depois daquele 13 de Julho, em que Maria havia entregado sua mensagem aos três pastorinhos, teve lugar em São Petersburgo uma manifestação de quase meio milhão de trabalhadores, os que baixo a condução de Lênin transformaram a manifestação em uma alçamento armado com o objetivo de fazer cair o governo provisório e proclamar o governo dos Soviets. Os bolcheviques foram os donos da cidade por três dias. A situação era tão crítica que o governo se viu na obrigação de retirar parte das tropas da frente, com cuja ajuda pode sufocar a revolta.

(...) Justamente em 13 de Outubro, o dia da última aparição de Nossa Senhora em Fátima, Kerenski publicou em seu diário Delo Naroda um artigo com o encabeçamento: “Perseverar, Resistir”, no que exortava o povo a perseverar na guerra até a vitória furiosa que decidiu esse mesmo dia consumar que a revolução. 8 Tudo o que seguiu foi nada mais que a conseqüência prática desta decisão. Primeiramente, a revolução do 7 de novembro (em 25 de outubro segundo o Calendário Juliano, de onde o nome da Revolução de Outubro) e logo o armistício de Brest-Litowsk com Alemanha em 5 de dezembro: e, no ano seguinte, a paz especial, que foi concluída na mesma cidade”. 9

Notas (em espanhol):
1 Jesucristo afirma lo mismo en varios pasajes más de las Escrituras Santas pero con otras palabras. Véase al respecto: 1 Jn. 2,23; Jn. 14,6; Jn. 5,23; Jn. 8,19; Jn.8,42; Jn. 15,23; Jn. 14,7; y 1 Jn. 2,22.
2 Cfr.: Courtois, Stéphane, et alii, Schwarzbuch des Kommunismus, Müchen/Zürich 2000, p. 16. Este libro es una traducción de la obra francesa Le Livre Noir du Communisme que ha sido traducida ya en 16 lenguas. La edición alemana apareció en la muy conocida editorial Piper. 
3 Pío IX, Encíclica Qui Pluribus del 1º de noviembre de 1846.
4 Cfr.: Pío IX, Syllabus (Colección de los errores modernos), editado el 8 de diciembre de 1864, nº IV.
5 León XIII, Encíclica Quod Apostólici Muneris, del 28 de diciembre de 1878. 
6Pío XI, Encíclica Divini Redemptoris, del 1º de marzo de 1937.
7 Ibidem: pp.528 s. 
8 Cfr.: Lenin, Vladimir Iljitsch, Gesammelte Werke, t. 26, Moskau 1949, pp. 111 ss. 
9 Schweigl, Josef, SJ, Fátima und die Bekehrung Russlands, Leutesdorf 1956, p. 23.

Retirado do site amigo: Non possumus-vcr.
Observação à tradução: capela@nossasenhoradasalegrias.com.br

Apostasia contra a Igreja 1517, contra Cristo 1717 e contra Deus 1917.

Apostasia contra a Igreja 1517,                                                contra Cristo 1717 e contra Deus 1917.

Há meio milênio os combates liderados pelo mundo contra a verdade da Igreja Católica conduziram a erros cada vez mais profundos e perigosos, desencadeando até as revoluções. É muito interessante notar que os processos históricos mais fundamentais da era moderna se deram em três fechas semelhantes: nos anos 1517 (protestantismo), 1717 (maçonaria) e 1917 (comunismo), nos que se manifesta, no Ocidente, um avanço verdadeiramente sistemático da apostasia da verdade de Deus, que irradia desde ali a todo o mundo.

Jesus Cristo disse a seus Apóstolos: “Como me enviou meu Pai, assim Eu vos envio”. Nesta palavra de Cristo teremos três níveis: o Pai – Cristo – os Apóstolos (a Igreja). O Pai envia a Cristo. Cristo envia os apóstolos. Cristo diz: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rechaça, a mim rechaça, agora bem, quem me rechaça, rechaça aquele que me enviou” (Lc. 10, 16) 1. E justamente nestes três passos, teve lugar a apostasia da Verdade durante os últimos séculos: apostasia contra a Igreja Católica (1517), apostasia contra Cristo (1717), e apostasia contra Deus (1917). Este desenvolvimento é de todo conseqüente e, em seu avanço é, em certo sentido, necessário. Aquele que rechaça aos enviados de Cristo, os sucessores dos Apóstolos (é dizer a Igreja Católica), rechaça conseqüentemente também a Deus Pai. A história do último meio milênio confirmou assim, e de maneira aterradora, estas palavras de Cristo.

Em 1517, com a publicação das teses de Lutero, se marca, ao menos exteriormente, o começo decisivo do protestantismo. Dos dois “envios” mencionados Lutero reconhece somente um: a mediação de Cristo para com Deus, mas não a mediação da Igreja para com Cristo. Daqui as sentenças programáticas de Lutero. “Somente as Escrituras” e não o Magistério da Igreja; “Somente a graça” e não a mediação através do sacerdócio e dos sacramentos. “Somente Deus” e nenhuma mediação através dos Santos do Céu.

Em 1717, com a fundação da maçonaria na Inglaterra, se marca a seguinte etapa da apostasia. O rechaço absoluto da revelação de Deus dentro deste mundo. Como a encarnação de Jesus Cristo constitui o ponto culminante da revelação de Deus, será especialmente rechaçada. A filosofia maçônica não é ateia: Portanto, os maçons não são ateus, senão que defendem o deísmo (Deus já não atua mas no mundo depois da Criação) e por o agnosticismo (é impossível conhecer a verdade), e no campo da ética postulam, conseqüentemente, o liberalismo (liberdade em todos os âmbitos no lugar da autoridade ou lei). Aqui se vê a realização do primeiro passo antes mencionado: “Quem a vós rechaça, rechaça a Mim”. Assim como Lutero rechaçou a mediação da Igreja, assim também rechaçam os maçons a Cristo e com Ele, toda mediação ou ponte para Deus. É por isso que sustentam o deísmo, que rechaça a priori não somente a Divina Providência e a possibilidade dos milagres, senão também toda autoridade divina.


Em 1917, com o surto do comunismo, se marca a terceira etapa nesta revolução social contra Deus. Já que desde 1717 se há negado categoricamente a atuação de Deus no mundo e qualquer intervenção sua depois da criação, chegamos como conseqüência ao ultimo passo: ao perfeito ateísmo e antiteísmo. O comunismo é, efetivamente, em essência, um ateísmo social combativo. Não é, em nenhum caso, um sistema meramente econômico ao que se agrega somente externamente ao ateísmo. O comunismo se conecta com a Revolução Francesa, especialmente através de Rousseau. Também entre a maçonaria e o protestantismo existe uma clara relação fácil de deduzir vendo quem hão sido seus artífices: os dois principais fundadores da maçonaria são Jean Théophile Désaguliers e James Anderson, um pastor protestante e o outro teólogo protestante.

“Quem me odeia, odeia também a meu Pai” (Jo. 15, 23). O segundo nexo conseqüentemente traçado claramente por Cristo se faz realidade aqui. Esta última conseqüência que chega até o ódio de Deus, se mostra claramente no comunismo e de modo muito combativo. Se havia anunciado na maçonaria mais avançada. “Quem nega o Filho, tampouco tem o Pai” (1 Jo. 2 ,23)

Todos estes erros da Era Moderna não permaneceram somente no plano teórico, senão que transformaram a vida da humanidade e da sociedade em todos os aspectos. Conduziram necessariamente  a uma perseguição de cristãos sem precedentes. De acordo a recentes declarações russas, 200.000 sacerdotes e religiosos (católicos e ortodoxos) pereceram vítimas do terror stalinista: fuzilados, enforcados, crucificados ou expostos a morrerem congelados.

Martillo e hoz não se limitaram somente a derramar o sangue de mártires senão que também aplicaram a seus povos subjugados, sem o menor escrúpulo, medidas de terror de uma violência e crueldade monstruosas. Segundo as prudentes estimativas dos autores do “Livro Negro do Comunismo” a ereção de uma utópica visão da sociedade sem classes sociais custou em redor de 100 milhões de vitimas humanas 2: 20 milhões de mortos na União Soviética; 65 milhões na China; 1 milhão no Vietnã; 2 milhões na Coréia do Norte; 2 milhões no Camboja; 1 milhão na Europa do Leste, 150.000 mortos na América Latina; 1,7 milhões na África e 1,5 milhões no Afeganistão, no qual soma quase 100 milhões de vítimas humanas. Estes massacres se levaram a cabo de três maneiras diferentes: mediante execuções de todo tipo como fuzilamento, forca, afogamento, espancamento, envenenamento, câmaras de gás; por fomes intencionalmente provocadas ou não evitadas deliberadamente e por deportações, seja por prolongadas marchas a pé, já por fome, enfermidade ou frio dentro de vagões de transporte de gado, já por esgotamento em trabalhos forçados. O intento ateu de estabelecer um céu sem Deus aqui na Terra conduz sempre ao Inferno.

A Santa Igreja, prevendo as conseqüências das explosivas idéias marxistas, condenou o sistema comunista já com 71 anos antes do estalar da Revolução de Outubro de 1917. Assim, no ano 1846, o Beato Papa Pio IX levanta a voz através de sua encíclica “Qui Pluribus”, condenando “a nefanda doutrina do comunismo contrária ao direito natural que, uma vez admitida, lança por terra os direitos de todos, a propriedade e a mesma sociedade humana”. 3 Pio IX reafirma depois esta reprovação no Syllabus. 4

Leão XIII, seu predecesor, na Encíclica Quod Apostólici Muneris, desmascara o comunismo como “mortal pestilência que se infiltra pelos membros íntimos da sociedade humana e a conduz a um extremo perigoso”. 5

Também Pio XI dedica uma Encíclica inteira a condenar e advertir somente contra: “o comunismo bolchevique e ateu que tende a derrubar o ordem social e socavar os fundamentos mesmos da civilização cristã (...) contrapondo a estes falsos princípios a luminosa doutrina da Igreja e inculcando de novo com insistência os meios com que a civilização cristã, única “civitas” verdadeiramente “humana” pode liberar-se deste satânico açoite e desenrolar-se melhor para o verdadeiro bem estar da sociedade humana." 6

O erro do comunismo o leva, em sua exigência absoluta e exclusiva, a pretender não somente uma reforma social, senão, e isso desde o primeiro momento a promover uma revolução mundial para alcançar o poder mundial total.

Insistindo no aspecto dialético de seu materialismo, os comunistas sustentam que os homens podem acelerar o conflito que conduziu o mundo para a síntese final. Daí seus esforços por fazer mais agudos os antagonismos que surgem entre as diversas classes da sociedade; a luta de classes, com seus ódios e destruições, toma o aspecto de uma cruzada pelo Cruzada pelo progresso e a humanidade. Em troca, todas as forças, sejam as que foram, que resistam a essas violências sistemáticas, devem ser aniquilados como inimigos do gênero humano. 7

É interessante constatar a coincidência quase exata entre os cinco meses das aparições de Nossa Senhora em Fátima (desde o 13 de maio de 1917ª 13 de outubro de 1917) e o tempo dos preparativos revolucionários de Lenin em Rússia. Os meninos videntes, naquela época, não podiam sabê-lo. A respeito, o Padre Josef Schweigl, SJ escreve:

Em 16 de abril voltou Lênin de seu exílio e começou de imediato sua luta contra o governo liberal. Já depois de três meses havia ganhado tal influência que podia arriscar uma primeira tentativa de revolução. Em 17 de julho, alguns dias depois daquele 13 de Julho, em que Maria havia entregado sua mensagem aos três pastorinhos, teve lugar em São Petersburgo uma manifestação de quase meio milhão de trabalhadores, os que baixo a condução de Lênin transformaram a manifestação em uma alçamento armado com o objetivo de fazer cair o governo provisório e proclamar o governo dos Soviets. Os bolcheviques foram os donos da cidade por três dias. A situação era tão crítica que o governo se viu na obrigação de retirar parte das tropas da frente, com cuja ajuda pode sufocar a revolta.

(...) Justamente em 13 de Outubro, o dia da última aparição de Nossa Senhora em Fátima, Kerenski publicou em seu diário Delo Naroda um artigo com o encabeçamento: “Perseverar, Resistir”, no que exortava o povo a perseverar na guerra até a vitória furiosa que decidiu esse mesmo dia consumar que a revolução. 8 Tudo o que seguiu foi nada mais que a conseqüência prática desta decisão. Primeiramente, a revolução do 7 de novembro (em 25 de outubro segundo o Calendário Juliano, de onde o nome da Revolução de Outubro) e logo o armistício de Brest-Litowsk com Alemanha em 5 de dezembro: e, no ano seguinte, a paz especial, que foi concluída na mesma cidade”. 9

Notas (em espanhol):

1 Jesucristo afirma lo mismo en varios pasajes más de las Escrituras Santas pero con otras palabras. Véase al respecto: 1 Jn. 2,23; Jn. 14,6; Jn. 5,23; Jn. 8,19; Jn.8,42; Jn. 15,23; Jn. 14,7; y 1 Jn. 2,22.

2 Cfr.: Courtois, Stéphane, et alii, Schwarzbuch des Kommunismus, Müchen/Zürich 2000, p. 16. Este libro es una traducción de la obra francesa Le Livre Noir du Communisme que ha sido traducida ya en 16 lenguas. La edición alemana apareció en la muy conocida editorial Piper. 

3 Pío IX, Encíclica Qui Pluribus del 1º de noviembre de 1846.

4 Cfr.: Pío IX, Syllabus (Colección de los errores modernos), editado el 8 de diciembre de 1864, nº IV.

5 León XIII, Encíclica Quod Apostólici Muneris, del 28 de diciembre de 1878. 

6Pío XI, Encíclica Divini Redemptoris, del 1º de marzo de 1937.

7 Ibidem: pp.528 s. 

8 Cfr.: Lenin, Vladimir Iljitsch, Gesammelte Werke, t. 26, Moskau 1949, pp. 111 ss. 

9 Schweigl, Josef, SJ, Fátima und die Bekehrung Russlands, Leutesdorf 1956, p. 23.

Padre Gérard Mura, "Fátima Roma Moscou"

Retirado do site amigo: Non possumus-vcr.

Observação à tradução: capela@nossasenhoradasalegrias.com.br


terça-feira, 21 de maio de 2013

Sermão do domingo de Pentecostes Dia 19 de Maio de 2013



  
Sermão do domingo de Pentecostes 
Dia 19 de Maio de 2013
Padre René Trincado C.

 O Catecismo de São Pio X ensina que existe o Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, que é Deus eterno, infinito, onipotente, Criador e Senhor de todas as coisas, como o Pai e o Filho. Diz também que a obra que atribui especialmente ao Espírito Santo é a santificação das almas.

            O dia de Pentecostes, cinquenta dias depois da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e dez dias depois de sua Ascensão, o Espírito Santo desceu dos céus, de maneira visível, em forma de línguas de fogo.

      Os  efeitos que produziu o Espírito Santo nos apóstolos foram estes: Os confirmou na fé, os encheu de luz, de fortaleza, de caridade e da abundância dos sete dons.

      O Espírito Santo não foi enviado somente aos Apóstolos, senão a toda a Igreja e a todas as almas fiéis de todos os lugares e tempos.

            O Espírito Santo transformou os Apóstolos de homens terrenais em homens divinos e santos:  os que até este dia eram débeis e pecadores, desde esse momento seriam grades santos. De ignorantes em sábios. De covardes e tímidos em valorosos e mártires.

            O Espírito Santo quer fazer o mesmo em nossas almas: quer nos santificar, nos iluminar e nos fazer fervorosos.

1- Nos santificar: desde o Batismo o Espírito Santo nos fez filhos de Deus e templos seus. Pela confirmação o Espírito Santo deu-se a nós mais intensamente.

2- Nos iluminar: O Espírito Santo abre  a mente ao horizonte infinito das realidades sobrenaturais, e isto por simples que sejamos. O Espírito Santo os ensinará todas as coisas (Ev.). O homem animal não percebe as coisas que são do Espírito de Deus, porque lhe parecem uma loucura: e não as pode entender, porque devem ser julgadas espiritualmente (1 Cor  2,14).

3- Nos fazer fervorosos ou nos incendiar no amor de Cristo. Quer nos incendiar. Nosso Deus é um fogo devorador, diz a Escritura.

            O que como homens débeis nos é impossível, será possível pela divina onipotência, que dará uma fortaleza sobrenatural a alma, a que se fará capaz de tudo por meio de sua graça. Não se perturbe o vosso coração nem se acovarde, nos diz Nosso Senhor. Ao contato com o Espírito Santo, o homem débil se torna forte e capaz de executar obras sublimes. Tudo posso naquEle que me faz forte (Fil 4,13). Tudo! Tudo!

            Hoje como ontem, o Espírito Santo segue atuando, mas na medida que O permitimos. Se o pecado mortal o expulsa da alma, a tibieza -  que consiste em fazer um traidor acordo de paz com o pecado venial – encadeia o Espírito Santo em nossas almas. O Espírito Santo não está na alma daquele que se encontra em pecado mortal. Está na alma do tíbio, mas aprisionado, cercado, impedido, limitado e debilitado pelas voluntárias infidelidades.

Mas hoje a necessidade do Espírito Santo no mundo, na Igreja e na Tradição, é mais grave e urgente que nunca: há que defender a Cristo, a Verdade, não somente contra os maus, senão também contra muitos bons que enganados pelo Vaticano II (obra de Satanás) e o falso magistério posterior, e também, ultimamente – há que combater por Cristo contra os que são vítimas de uma perigosíssima ilusão que faz olhar com bons olhos a possibilidade de alcançar uma paz – necessariamente falsa, injusta, traidora e covarde – com os modernistas destruidores da Igreja.

            Estimados fiéis: No que diz respeito a nós, mantenhamo-nos impassíveis no caminho que nos assinalou Monsenhor Lefebvre. Não pidamos liberdade, como os liberais. Não pidamos  um rincão na estrutura oficial da Igreja: sigamos exigindo o restabelecimento do Reinado de Cristo em tudo e em todos.

            Nosso dever sagrado é combater por Cristo, não é mendigar  ao inimigo liberal, assassino das almas, aos hereges  modernistas que são como um tumor maligno no corpo da Igreja. Não se fazem acordos com esses tumores, eles são extirpados. Não estamos nas filas da Igreja militante para mendigar diante ao inimigo, senão para combatê-lo sem trégua, sem descanso, sem diplomacias mundanas, sem retrocessos nem abrandamentos, sem ambiguidades e sem acordos traidores.

            Nossa vocação é combater até o fim, até a morte de cada um de nós, pela honra de Deus, pelos direitos sagrados da Verdade, pela reconquista da Igreja e do mundo para Cristo, Nosso Senhor.

           Essa batalha é um dever de todos e de cada um dos católicos, não somente dos consagrados, por meio da oração assídua e da ação resoluta, sem essa hipocrisia farisaica que há em ser muito duro com os próximos e muito indulgente conosco, senão com o exemplo constante de uma conduta santa, isto é, humilde, mansa, cheia de esperança sobrenatural e de toda caridade, e simultaneamente, firme e intransigente na fé.

                   Disse o papa Leão XIII que "ceder ou calar quando de todos os lados se levanta tal clamor contra a verdade, é, ou bem desinteresse, ou bem duvidar da fé; nos dois casos é uma desonra e fazer uma injúria a Deus; é comprometer a própria salvação e a dos outros, é trabalhar em favor dos inimigos da fé, pois nada aumenta tanto a audácia dos maus, como a debilidade dos bons... os cristãos nasceram para a luta..."

      Estimados fiéis: não nos façamos ilusões. Quem ama a Cristo, a Verdade, detesta as ilusões. "Sem mim nada podeis” (Jo  5, 15). É impossível vencermos a nós mesmos em nossas covardias e inconstâncias, sem a ajuda do Espírito Santo. Para sermos realmente fiéis a Cristo é necessário sermos revestidos do poder do alto (Lc 24, 49), e para isso há que abrir a alma a ação do Espírito Santo, ao modo como a terra se deixa abrir para receber a semente e dar fruto.

       Peçamos, mediante a reza assídua do Santo, divino, milagroso e todo poderoso Rosário, a Santa Virgem Maria, Esposa de Deus Espírito Santo, que a restauração da Igreja e do mundo comece por nossas almas: que o Espírito Santo destrua o homem velho no campo de batalha de nossas almas e vitorioso tome posse total e definitiva delas.

Tradução: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória/ES
Observação a tradução: capela@nossasenhoradasalegrias.com.br



Ave Maria Puríssima! 
Sem pecado concebida!