CELIBATO CATÓLICO
1. ― S. PAULO ACONSELHA O CELIBATO
1ª COR. VII, 1-8: ― “Penso ser bom que o homem não toque mulher. Mas pelos perigos da incontinência, cada um tenha a sua esposa... Digo isto por concessão, não como ordem. Pois que todos fossem como eu... Digo às pessoas solteiras e viúvas, que lhes é bom se permanecerem assim como eu”.
IDEM, 25: ― “A respeito das pessoas virgens, não tenho mandamento do Senhor. Julgo, pois, que, em razão das dificuldades presentes, é bom ao homem ficar assim como eu”.
IDEM, 32-35: ― “Quero que fiques sem cuidados. O solteiro cuida das coisas do Senhor, de como agradar a Deus. Mas o casado cuida das coisas do mundo, de como agradar à sua esposa e está dividido. A mulher solteira e a virgem, cuidam das coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito”.
NOTA: ― Eis ai porque os sacerdotes católicos, até neste ponto de vista de meios naturais, estão acima de qualquer ministro protestante. São castos, celibatários, “para serem santos no corpo e no espírito”, e para serem inteiramente de Deus, e não “estarem divididos” entre o mundo, mulher e filhos de um lado, e Deus do outro.
1ª COR. VII, 38: ― “De modo que, quem casa sua virgem faz bem; o que não a casa, faz melhor”.
2. ― CONSELHO ESPECIAL AOS SACERDOTES
LEV. XXI, 8: ― “Portanto santificai-vos e sede santos, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo”.
MARC. X. 29: ― “Todo aquele que deixar, por causa de meu nome, ou casa, ou irmão, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, receberá cem por um e a vida eterna”.
IDEM, 28: ― “E Pedro, tomando a palavra, disse: Eis que nós abandonamos tudo e te seguimos”.
NOTA-SE que, se os Apóstolos “abandonaram tudo”, é porque deixaram também a família. Foram castos.
3. ― POSSIBILIDADE DO CELIBATO PELA GRAÇA DE DEUS
MAT. XIX, 12: ― “Há eunucos que o são desde o ventre de suas mães; e há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens; e há eunucos que a si mesmos fizeram eunucos por amor do reino de Deus. Quem puder compreender, compreenda”.
MAT. XIX, 24-26: ― “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha que entrar um rico no reino do céu. Ora, os discípulos admirava-se, ouvindo estas palavras, e disseram: Quem poderá, então salvar-se? Jesus porém, fitando-os, disse: Aos homens, isso é impossível”.
Estas mesmas palavras se podem aplicar à guarda da castidade, contida aliás no que Jesus pediu ao jovem, quando lhe disse: “Vem, e segue-me”.
Noutros termos, Jesus diz que, com os auxílios da graça, tudo é possível, pois esta faz no homem desapegar-se de tudo o que é de mais apetecível, para sacrificar-se por Deus.
ROM. VIII, 11-13: ― “Mas se o espírito daquele que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos habita em vós... ele também dará vida aos vossos corpos mortais pelo seu espírito que habita em vós. Portanto, irmãos, não somos devedores à carne, para que vivamos segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se pelo espírito mortificardes as obras da carne vivereis”.
Iª. COR. X,13: ― “Não vos sobreveio tentação alguma que não seja humana; mas Deus é fiel; não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças; antes dará um meio de tirardes proveito da tentação, para poderdes suportar”.
IIª. COR. XII, 7-9: ― “E, para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me dado um estímulo da carne, um anjo de Satanás, para me esbofetear pelo que três vezes roguei ao Senhor que se apartasse de mim. Mas Ele me disse: Basta-te a minha graça, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo”.
4. ― O VOTO, QUE SE FAZ, OBRIGA SOB PECADO
DEUTER. XXIII, 21; ― “Quando fizerdes algum voto ao Senhor vosso Deus, não deixeis de cumpri-lo, porque o Senhor vosso Deus vos pedirá conta dele, e em vos haverá pecado”.
Iª TIM. V, 11 E 12: ― “Rejeita as viúvas novas (ao pedido de voto) pois que, quando o atrativo dos prazeres as desgostar do serviço de Cristo, querem casar-se, tendo a sua condenação, porque violaram a primeira fé (isto é, violaram o voto)”.
O mesmo se pode dizer com respeito ao sacerdote que deixa a batina para casar-se.
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