"A história da Igreja será necessariamente uma imitação da história de Cristo. Teve sua infância obscura, teve o massacre dos inocentes, teve um período de construção e consolidação da doutrina da Salvação. Teve durante mil anos o domingo de Ramos. Entrou depois em quatro séculos de Gethsemani. E agora terá não sei quantos milênios de flagelação. Estamos no começo do segundo mistério doloroso. O Corpo Místico do Cristo é insultado, chicoteado, cuspido. E a mais bela das casas expõe aos viandantes um deplorável aspecto de desolação e ruína. Virão depois os milênios de coroa de espinhos, os milênios do caminho da cruz e os milênios da crucificação. O que não é admissível - mas foi longamente admitido por equívoco - é a confortável e rotineira instalação da Igreja no Mundo. E o que também não admissível é que a promessa de que não prevalecerão as portas do Inferno se aplique aos Suíços do Vaticano, aos paramentos e à cor das meias dos prelados. Entre as notas essenciais da Igreja sabemos que sua santa visibilidade foi desde o início concebida por Deus, mas também sabemos que a Igreja não é visível em todas as suas partes, nem é sempre visível em todos os momentos naquelas partes em que se concentra o fulgor de sua visibilidade."
Gustavo Corção, no artigo "Um otimismo descabido" de O GLOBO de 2 de Dezembro de 1972.
Artigo inteiro aqui.
Aviso:
Teremos Santa Missa na próxima semana com o Pe. Joaquim - FBMV, em breve colocaremos a programação!
Rezem o Santo Rosário!
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