quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A santidade é uma realidade permanente, atual


"A medida que o ódio se eleva há o amor que sobe; a falange do amor vencedor."
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Salve Maria!
Segue um trecho do livro "Jesus, Rei de amor" do Padre Mateo Crawley, que fala-nos de uma santidade simples, aquela que é adquirida na renúncia das pequenas coisas e que está ao alcance de todos. Que tal leitura possa nos animar nas lutas diárias.



A santidade é uma realidade permanente, atual.

Existem santos, grandes santos hoje, vivendo bem perto de nós, em torno de nós! Como são numerosos aqueles que imaginam que a santidade é uma fonte que já secou, que os santos são heróis, gigantes de uma raça extinta para sempre! Pensando assim, desconhece-se a eterna e permanente fecundidade da Igreja. Eles esquecem que, no Credo, nós dizemos, não que ela foi santa, mas que Ela é Santa em sua fecundação, sua doutrina, nos heróis de santidade que ela formou e formará até o fim dos séculos. 

A santidade é de todos os tempos, porque a sua fonte, Jesus, é inesgotável.

Fala-se assim, porque, talvez, confundem-se as modalidades de santos com aquilo que constitue a própria santidade. Quero dizer que a Providência não quererá talvez, em nossos dias, apresentar ao mundo santos que, pelo exterior brilhante, provoquem a atenção e admiração, como foi o caso de um Francisco de Assis ou de um Cura d'Ars. É bem possível com efeito que não topemos com um santo no estilo, digamos, de São Vicente Ferrer; mas é bem possível que esteja bem perto de nós, sem que o saibamos, um outro santo, e quem sabe mais santo ainda, mas que seria antes da "escola" de Nazaré: ele não ressuscita cadáveres físicos, mas no silêncio, escondido, perdido em Deus, muito simples na aparência, ressuscita almas. Sabê-lo-eis um dia. 

Resultado de imagem para santa teresinha do menino jesus criançaO Papa Pio X, mostrando um dia o retrato de Teresinha, dizia: "Eis a maior santa dos tempos modernos". - Mas, alguns anos antes, quem teria suspeitado disso, quem? Ninguém! Existem ainda centenas de testemunhas que viram Teresinha, que lhe falaram, que puderam admirar algumas de suas raras qualidades e notar alguns de seus defeitos. Quantas dessas pessoas pensaram que haveriam de ver um dia, bem cedo, aquela criança sobre os altares, e que a sua apoteose extraordinária, e o dilúvio de seus milagres sacudiriam a terra inteira como uma tempestade de fogo?

Quem teria ousado dizer dela, então, mesmo admirando os seus dons, aquilo que, em nossos dias, disse o grande Pio X: "Um prodígio de graças e um milagre de prodígios?" Ninguém! E no entanto ela é de ontem, suas quatro irmãs vivem ainda*; a 2 de janeiro de 1927, ela completou no céu e nos altares 54 anos!

Certamente, como no seu caso, para muitas outras almas predestinadas, o silêncio, a obscuridade, a simplicidade de sua vida, escondem-nos um esplendor celeste, uma santidade senão canonizada, certamente canonizável. 

Quantos desses, verdadeiros santos, ao nosso lado, só serão conhecidos quando a morte quebrar o vaso de barro e se espalhar então sobre a Igreja o perfume delicado do seu heroísmo, da sua luz e da sua flama. E mesmo isso nem sempre está no plano da Providência, pois o maior número de santos ficará nesta terra, desconhecido, mesmo tratando de grandes santos.

O nosso tempo conhece os dois extremos: o ódio e o amor. - A medida que o ódio se eleva há o amor que sobe; a falange do amor vencedor. 

É a época do mal; mas é também, o século dos grandes santos. 

Jesus, Rei de amor - P. Mateo Crawley - Boevey

*Na época em que o padre escrevia.

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