quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Hora Santa!

Salve Maria!

Prezados fiéis,
hoje, quinta-feira (05/11), teremos Hora Santa às 20:00hrs.
 Jesus, Rei de amor.

  Um dia, o santo vigário de uma paróquia onde eu pregava a Obra, veio procurar-me e disse: 
  "Padre, se o Senhor procura uma alma que possa ajudá-lo, eu conheço uma. É uma jovem que sofre em todo o seu corpo. Ela não tem mais que a sua vontade para dar-se a Jesus e o seu coração para amá-lo. Paralítica, ela não pode vir à Igreja e no entanto, quisera ouvi-lo." 
  Vou visitar aquela criança e falo-lhe de apostolado: 
  "Da parte de Nosso Senhor, digo-lhe eu, peço-lhe a sua doença e os seus sofrimentos. Quer oferecer-se, com os seus sofrimentos ao divino Coração para ser sua apóstola?" 
  Os seus sinais e os seus olhares testemunham que ela compreendeu e que ela aceita. Então, transfigurada por uma felicidade divina, ela se oferece em holocausto pela extensão do reino de amor. 
  Eis os verdadeiros apóstolos, aqueles que operam maravilhas: são essas almas-hóstias, bem simples e sobretudo bem esquecidas de si mesmas, que eu encontro por toda a parte, nos castelos e nas choupanas, e entre os mendigos das portas das igrejas. São elas que, imolando-se, fazem Jesus reinar. A obra divina, o trabalho de amor que transforma o mundo é, em parte, a sua obra, a das crianças, dos enfermos, dos pobres. 

  Numa grande cidade, onde eu tinha pregado uma semana inteira em magníficas igrejas diante de esplêndidas assembleias, eu ainda não havia podido atingir nenhuma dessas pequenas almas que são as alavancas da nossa obra. Antes de partir, eu disse pois, interiormente, a Nosso Senhor: 
  "Como penhor da Tua satisfação por esta cruzada de amor, peço-Te que me envies, hoje mesmo, bem depressa, uma alma que se ofereça como a Sta. Teresinha, pela extensão do reino do Teu Coração".
  Retirando-me para a Sacristia, eu continuava a minha oração, repetindo essa mesma jaculatória, quando vieram procurar-me. 
  "Está aí uma pessoa que insiste tanto para vê-lo... que não sei como manda-la embora".  
  Peço que mandem entrar. Era uma operariazinha. "Padre, diz ela, ouví-o pregar a entronização. Sinto que para essa obra, Nosso Senhor precisa de almas que, a exemplo da Sta. Teresinha, se consagrem ao seu Coração para amar, rezar e sofrer na intenção do reino de amor. Venho pedir-lhe para me oferecer e me consagrar."
  E como eu não respondesse, comovido por ouvir nos lábios dessa criança as próprias palavras da minha oração, ela insistiu: 
  "Agora mesmo, se o Senhor quiser eu irei para a Mesa da Comunhão, o Senhor irá para o altar e, junto do Tabernáculo, o Senhor me oferecerá a Jesus como a pequena apostola do seu Coração". 
  Nós fizemos isso... e com que alegria! 
E alguns instantes depois, eu partí, contente com a minha viagem de apostolado, certo do sucesso, por causa da hostiazinha que ficava na grande cidade. Com ela, primeira operária da Obra, o Rei de amor tinha sua vitória assegurada. 
  Sêde atentos, vós também, ao que o Mestre pode desejar de vossas almas. Não tenhais medo, sobretudo, do sacrifício. Consultai o Mestre mas não temais quando Ele vos falar.

 Jesus, Rei de amor - Pe. Mateo Crawley - Boevey

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