segunda-feira, 23 de julho de 2018

Regras intemporais da modéstia, pelos Padres Dominicanos de Avrillé

Related imageSão Paulo quer que as mulheres e os homens sejam revestidos de hábitos decorosos, vestindo-se com pudor e sobriedade. (I Tm 2, 9-10).

Santo Agostinho: Não procurai agradar pelos vossos vestidos, mas pelos vossos costumes.

Santo Tomás de Aquino: A modéstia na aparência quer que se se contente do necessário e que se não se apegue em nada à procura e ao extraordinário. Nada de vaidade, de luxo, nem de procura no vestuário; que se saiba bem que eles são antes um sinal de ignonímia que uma marca de honra.

Aos ornamentos do corpo, prefiramos aqueles da alma. (Tratado da educação dos príncipes, livro 5, cap. 17).

Nossa Senhora de Fátima disse à Jacinta em 1917: A Igreja não tem modas; Nosso Senhor não muda. Os pecados que conduzem o maior número de almas ao inferno são os pecados da carne. Virão modas que ofenderão muito a Nosso Senhor.

O que a Igreja manda?
Regras que não poderão jamais ser mudadas, mesmo hoje em dia, e que são o último limite que ela pode conceder, quer se seja na rua, em casa, ou em uma Igreja...

Não se pode considerar como sendo decente:
1-    Um vestido em que o decote ultrapasse a largura de dois dedos abaixo do nascimento do pescoço.
2-    Um vestido em que as mangas não desçam ao menos até o cotovelo.
3-    Um vestido que desça apenas abaixo de joelhos. (Carta do 23 de agosto de 1928)

Ilustração contemporânea: O Padre Pio se irava santamente quando via mulheres com roupas indecentes. Se isso ocorria na Igreja, ele as colocava para fora imediatamente.
            Ele exigia que todos, tanto os homens quanto as mulheres cobrissem os braços na Igreja, com mangas longas, e que os senhores e rapazes portassem calças compridas. (Karl WAGNER, Padre Pio, 1999, p. 14).
       O Padre Pio se horrorizava com as minissaias. Ele exigia que a saia de suas penitentes descesse até 20 centímetros abaixo dos joelhos, senão ele não as confessava. Em maio de 1966, ele recusava receber uma princesa célebre que não queria aplicar estas regras vestimentárias.
           Um dia, uma senhora de Florença, portava uma minissaia em sua casa, mas tinha colocado uma saia longa para ir à San Giovanni e se confessar com Padre Pio. O Padre a expulsou imediatamente lhe dizendo: “Por acaso os tecidos são muito caros para que a senhora não possa se vestir como convém?” A senhora, assustada, lhe responde: Mas padre, minha saia ultrapassa a medida dos meus joelhos! Verdade, diz Padre Pio, mas você trapaceia: em sua casa você usa uma minissaia e aqui você dá sinais de mulher decente. Volte para casa e retornai quando você tiver alongado as saias! (Fr. Ami DÉCORTE F.C., Padre Pio, Bierbeek, 1976, p. 138.)

Para resumir, sejam banidas: as roupas moles, transparentes, abertas (fendas) acima dos joelhos, todas aquelas que não estão conforme as exigências citadas acima.

Sobre o uso do véu: A partir do ensinamento dos apóstolos, de São Paulo (I Cor. II, IO-16) e da Tradição, as mulheres devem ter a cabeça coberta antes de entrar na Igreja. (Código de Direito Canônico, 1292, §2).

São Carlos Borromeu: Que as mulheres, quais sejam seu estado, sua classe ou sua condição, sob pena de se ver interdita a entrada na Igreja, aí venham com a cabeça coberta... O tecido que elas devem se cobrir a cabeça na Igreja, não deve ser fino, mas grosso, é necessário que ela cubra inteiramente os cabelos...

São Paulo: A mulher deve, por causa dos anjos, ter sobre sua cabeça um sinal de sujeição... Se alguém se agrada em contestar, nós não temos este costume, igualmente as Igrejas de Deus. (I Cor. 11, 10-16).

Ilustração: São Vicente Férrer o.p. (+1419) fez numerosos milagres em Gênova, mas nos conta o genovês Teccheti: Ele operou aí o maior prodígio que ele pode ter jamais feito, este foi de desenraizar para sempre o abuso reinante entre as mulheres de ir à Igreja com a cabeça descoberta.

Tertuliano diz, que pelo véu, a mulher: reveste uma armadura de pudor, cava ao redor dela uma fossa de proteção, fecha-se atrás de um muro que não deixa ultrapassar nem seus olhares nem aquele dos outros...

Sobre as calças compridas: Está escrito na Sagrada Escritura que a mulher não deve  utilizar uma roupa de homem (Deuteronômio, 22, 5), a fortiori, em um lugar santo.

O Cardeal Siri, arcebispo de Gênova, endereçava a toda sua diocese e a seu clero uma grave advertência, em 12 de junho de 1960:

O Aspecto moral deste uso (da calça) não pode que Nos inquietar (...). Duas coisas são necessárias a modéstia de um vestuário: que ele cubra o corpo e que ele dissimule as formas. Uma calça cobre o corpo de maneira menos insuficiente que a maior parte das saias de nossa época, isso é um fato, mas é um fato que não é suficiente para inocentá-la.

Pois, por natureza, a calça molda o corpo, bem mais que uma saia. O uso de calça por uma mulher é então imodesta em razão de sua estreiteza (...) sem portanto o exagerar nem o considerar como o aspecto o mais grave.

Com efeito, há um outro aspecto no porte da calça por mulheres que Nos parece o mais grave. Eis os três elementos:

I – O hábito masculino utilizado por uma mulher altera a mentalidade feminina, (...) a maneira de se vestir tem uma fortíssima influência sobre o comportamento e sobre o estado de espírito, a mudança das vestes modificará gestos e atitudes, a mentalidade interior se alinhará as vestes exteriores (...).
II- Ele leva a viciar as relações entre homens e mulheres.
III- Uma veste masculina afeta a dignidade de uma mãe aos olhos de seus filhos. (...) A criança ignora a definição de atentado ao pudor, de frivolidade ou de infidelidade; mas ele possui um sexto sentido instintivo que lhe faz adivinhar todas essas coisas, que lhe fazem sofrer e que deixa sua alma profundamente ferida (...).
Está claro que a longo termo o uso da calça pelas mulheres degrada a ordem humana. (...) Existe limites que se pode se crer autorizado ultrapassar, mas nisso se encontrará a morte. (...)

O resultado das violações da lei natural não é um novo equilíbrio humano, é, na verdade, a desordem, a instabilidade tão nociva, a assustadora esterilidade das almas, e o crescimento assustador do número de destroços humanos excluídos de toda vida social e afundando em desgosto, tristeza e abandono.
*
Avisos diversos:
Piedosa lembrança: que foi a regra de vinte séculos de cristianismo, e a expressão do bom senso elementar:
É desejável que os homens e as mulheres, nas igrejas, sejam agrupados separadamente, segundo a antiga disciplina. Código de Direito Canônico 1262, §I)
 Os genuflexórios devem servir somente para o repouso dos joelhos, como seu nome indica. (e não dos pés[1]).
Não é conveniente colocar ou retirar vestes na Igreja, se deve fazer isso discretamente, antes de entrar. Se faz calor, é necessário ensinar as crianças a suportar. No altar, o Padre e aqueles que estão no coro, sentem mais calor sob os paramentos.

Tradução feita a partir do folheto disponibilizado no pórtico do Convento dos Dominicanos de la Haye-aux- Bonshommes, em Avrillé. 




[1] NdT – Por exemplo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário