1964: Os brasileiros rezam o Rosário e Nossa
Senhora expulsa o comunismo do Brasil
Em
1964, no Brasil, o presidente João Goulart tentava organizar a passagem de seu
país para o comunismo, segundo o modelo de Cuba. Ele conseguira infiltrar tanto
os cargos importantes quanto as escolas e universidades da maior parte do país
Todavia,
durante quase todo o ano precedente, o Padre Patrick Peyton, da Congregação de
Santa Cruz, havia pregado uma cruzada do Rosário, percorrendo o país afim de
convencer os fiéis a voltarem-se para Nossa Senhora. O povo se lembra disso no
momento de perigo. Os primeiras pessoas a mobilizarem-se foram as mulheres
brasileiras, desfilando pelas ruas da cidade rezando o terço. Uma vez, na
cidade de Belo Horizonte, elas (em número de três mil) impediram uma
conferência de Leonel Brizola, representante de Cuba, invadindo a sala
onde ele devia falar; todas elas rezando o Rosário. Ao sair, Brizola encontra
as ruas igualmente cheias, a perder de vista, de mulheres em oração. E ele
deixa a cidade com, no bolso, um dos discursos mais incendiários de sua
carreira… o qual ele não pôde pronunciar.
Em
13 de março, Goulart decreta a mudança da Constituição, a abolição do congresso
e a confiscação das indústrias e das fazendas.
Isso
desencadeia uma reação por parte das mulheres. O texto seguinte foi propagado
em todo o Brasil: “Este país imenso e maravilhoso, com o qual o bom
Deus nos presenteou, está num perigo extremo. Nós permitimos que homens de uma
ambição sem limites, desprovidos de toda fé cristã e de todo escrúpulo
lançassem nosso povo na miséria, destruíssem nossa economia, perturbassem nossa
paz social, semeassem o ódio e o desespero. Eles infiltraram nossa nação,
nossas administrações, nosso exército, e até nossa Igreja, com os servos de um
totalitarismo que nos é estranho e que destruiria tudo o que possuímos. (…)
Santa Mãe de Deus, protegei-nos do destino que nos ameaça, e afastai de nós os
sofrimentos infligidos às mulheres martirizadas de Cuba, da Polônia, da Hungria
e das outras nações reduzidas à escravidão”.
Novas
e grandiosas “marchas do terço” foram organizadas em todo o país, das quais
participaram homens, mulheres e jovens, enquanto Luiz Carlos Prestes, líder do
Partido Comunista Brasileiro, provocava-os, dizendo: “O poder, nós já o temos”.
Mas,
pouco a pouco, o presidente se sente pressionado de todas as partes. Os governadores
dos estados, os deputados, os generais do exército, um por um, separaram-se
dele. No dia 26 de março, para salvar o país, os militares tomam o poder, sem
derramar sequer uma gota de sangue. Goulart e os líderes comunistas dos
sindicatos fogem.
Em
2 de abril toda a população do Rio e das redondezas estava na rua para uma
gigantesca marcha de oração, a qual foi uma apoteose de ação de graças a Nosso
Senhor e Nossa Senhora.
Em
julho, o Padre Valério Alberton, Promotor das Confrarias Marianas do Brasil1,
vai a Fátima agradecer à Santíssima Virgem a salvaguarda de seu país. “Nós
vencemos graças a Nossa Senhora do Rosário”, declara ele. “É a mensagem de
Fátima, posta em prática no Brasil, o que nos salvou”. […] O repetidos apelos à
oração e à penitência, segundo o espírito de Fátima, revivem a fé, que move
montanhas, e o impossível se realiza: o milagre de uma guerra vencida sem
nenhuma gota de sangue. O comando contrarrevolucionário previa ao menos três
meses de luta intensa. Ora, uma força, humanamente falando inexplicável, faz
desmoronar, como um castelo de cartas, todo o dispositivo militar, paciente e
diabolicamente edificado durante muitos anos. A evidência da graça é tamanha
que todos ficam convencidos de que tudo aquilo não tinha explicação humana. Os
chefes militares e civis da contrarrevolução são quase unânimes em atribuir
esta vitória a uma graça especial da Santíssima Virgem. Muitos declaram que o
Rosário foi a arma decisiva” (Voz de Fátima, outubro 1964)2.
Notas:
1
– Durante os acontecimentos, essas confrarias haviam inscritos 200.000 homens e
pessoas jovens em seus registros, verdadeiro exército pacífico a serviço de
Nossa Senhora.
2
– Estas informações foram recolhidas em um suplemento em “Defense du Foyer”, nº
especial de primavera, 1965.
Revista
dos Dominicanos de Avrillé: Le Sel de la Terre
Tradução Sr.
Renato
Uma
recordação importante: Com respeito ao Santo Rosário, a Irmã Lúcia disse em
1957 ao Padre Fuentes: “Olhe, Senhor Padre, a Santíssima Virgem, nestes últimos
tempos em que vivemos, deu uma nova eficácia à recitação do Rosário, de tal
maneira que não há nenhum problema, por mais difícil que seja, seja ele
temporal ou sobretudo espiritual, na vida pessoal de cada um de nós, das nossas
famílias, das famílias do mundo ou das comunidades religiosas, ou até da vida
dos povos e das nações, que não possa ser resolvido pelo Rosário. Não há
problema, digo-lhe, por mais difícil que seja, que não possamos resolver,
rezando o Santo Rosário. Com o Santo Rosário salvar-nos-emos , santificar-nos-emos,
consolaremos a Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.”
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