sábado, 4 de setembro de 1999

Honra e glória a Dom Williamson

"Honra e glória a Dom Williamson"

Neste momento dramático da vida da Santa Igreja, momento em que a Fé se encontra ameaçada gravissimamente, uma voz episcopal se levanta e confirma os fiéis na Fé de seu Batismo. De quem é esta voz senão do Bispo perseguido, caluniado, acusado de rebeldia, etc, etc, etc? E porque é ele perseguido, caluniado, acusado? Justamente porque defende a Fé e este crime não tem perdão para o mundo moderno. O mundo moderno aceita tudo, aceita até mesmo a Tradição, contanto que a Tradição aceite o mundo moderno. O mundo moderno é um dissolvente altamente concentrado. Ele aceita tudo o que ele pode dissolver, menos a Fé Católica indissolúvel, menos a Fé integral, menos a íntegra, pura e imaculada Doutrina Católica e é isto que está em jogo neste momento dramático para a Tradição. Vamos dividir a Fé como propôs Salomão às duas mulheres que se disputavam uma criança? A Roma modernista diz: "Sim dividamos a Fé, façamos uma barganha. Porque não?" Dom Williamson diz: "Não, non possumus!" e nós com ele: "Non possumus!" Como São Pedro aos fariseus nós dizemos: "Não podemos não pregar em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo! Julgai vós mesmos se é melhor obedecer aos homens do que a Deus”. A criança deve viver, como no julgamento de Salomão. No caso presente não é a criança que deve viver, mas a mãe, Nossa Mãe a Santa Igreja. Dividi-la, dando um pedaço aos modernistas e um pedaço aos tradicionalistas? Jamais! 

Por todas estas razões nós dizemos e proclamamos: “Honra e glória a Dom Williamson e a todos os padres que defendem a Fé sem compromisso com os inimigos da Fé católica”. Alguns talvez se escandalizem pelo simples fato de falarmos de inimigos nesta terrível batalha. Se este é o seu caso, caro leitor, lembre-se de que a Igreja aqui na terra é chamada de militante porque ela milita contra três cruéis inimigos, como diz o Catecismo do Concílio de Trento, os quais são o demônio, o mundo e a carne. Lembre-se também da oração: "Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus Nosso Senhor, de nossos inimigos". Lembre-se também do que disse São Pio X que festejamos hoje. Os inimigos da Igreja se encontram atualmente nas veias mesmo da Igreja.

Estes inimigos estão em Roma, infelizmente, esta Roma que quer fazer um acordo com a Tradição, ou seja, a Roma modernista que quer fazer um acordo com a Roma eterna. Para que fim? Mesmo se não sei qual é a intenção do coração de Bento XVI, não é difícil saber que fim terá tudo isto se este acordo (cujos frutos amargos já se fazem sentir, antes mesmo de concluídos) se realizarem. O fruto, que já se está vendo, será o silêncio da Tradição, mas como diz São Gregório Magno: "A Igreja prefere morrer do que se calar”. Logo ela, a verdadeira mãe, não se calará, não fará este vergonhoso acordo, mas continuará a falar, pregar e trabalhar pela salvação de seus filhos. É o que estão fazendo padres corajosos e é o que está fazendo Dom Williamson. Por esta razão dizemos: "Honra e glória a Dom Williamson, sucessor dos apóstolos e confessor da Fé."

Honra e glória ao Bispo que fez 99 crismas em oito dias e dirigiu sua palavra apostólica 15 vezes aos públicos diversos que, somados, representam mais de 300 pessoas, neste vasto Brasil, evangelizado pelos portugueses e agora por um Bispo da outrora "ilha dos santos".

Nosso mosteiro da Santa Cruz e os fiéis do Rio, Salvador, Vitória, Campo Grande (onde um atraso nas conexões impediram a ida de Dom Williamson), Maringá e Nova Friburgo agradecem a solicitude de um verdadeiro filho de Dom Lefebvre, fiel aos seus ensinamentos, que veio nos confirmar não só com o sacramento, mas também com sua profunda compreensão da doutrina revelada, dos erros modernos e dos remédios aos males de hoje entre os quais se destaca com um brilho todo especial o Santo Rosário que Dom Williamson nos recomenda rezar integralmente todos os dias. Que a Virgem Santíssima nos obtenha a graça de vigiar e orar para não entrarmos na tentação dos acordos e para vencer a serpente infernal que quer destruir a Tradição.

Ir. Tomás de Aquino
3 de setembro, Festa de São Pio X

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